seg, 14 de outubro de 2024

Variedades Digital | 12 e 13.10.24

Um “santanense” no segundo escalão do Governo do Estado

Professor da Unipampa de Livramento há 13 anos, Gustavo Saldanha atua como secretário adjunto de Estado de Assistência Social
Secretário de Estado da Assistência Social Adjunto, Gustavo Saldanha (Foto: Divulgação)
Encontro entre o ministro Wellington Dias e o secretário adjunto (Foto: Divulgação)

O professor de Gestão Pública da Universidade Federal do Pampa (Unipampa) de Sant’Ana do Livramento foi empossado, recentemente, como secretário de Estado de Assistência Social Adjunto. Nascido e criado em Santa Maria, Gustavo Saldanha já se considera um santanense, desde que passou a viver em Livramento desde 2013, quando tomou posse na Unipampa. “Tem uma coisa que
para mim é muito clara, governos são passageiros e eu tenho isso em mente: eu sou professor universitário, eu sou da Unipampa e meu destino sempre quando acabam essas experiências, é Sant’Ana do Livramento. Tenho compromisso de desenvolver ações com a universidade e abrir portas para os alunos, agora aqui no Estado”, frisou logo no início de uma entrevista ao Jornal A Plateia, nessa semana. Saldanha teve reunião com o ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, em Hulha Negra, nesta semana, durante o anúncio dos R$ 430 milhões para o enfrentamento da estiagem no Rio Grande do Sul. Na oportunidade trataram sobre os impactos da estiagem, especialmente em famílias de agricultores que vivem em vulnerabilidade social. “A nossa região da metade sul possui indicadores nem tão positivos e isso já identificado pelo governo e, na medida do possível, vamos desenvolver políticas aí na nossa região”, destacou quando questionado sobre a região onde ele atua como professor. Gustavo fez questão de destacar os números e falou das mais de três milhões de pessoas que estão inscritas no Cadastro Único  (CadÚnico). “São 3.317.540 pessoas inscritas no Cadastro Único. São pessoas que têm uma renda média per capta de até meio salário mínimo com, no máximo, três salários mínimos de renda mensal. Destes, 41% faz parte do número de pessoas em situação de extrema pobreza”, explicou destacando que essa é uma das atuações cotidianas da pasta.  Saldanha é adjunto do deputado Beto Fantinel, que está com a titularidade da Assistência Social. O professor passou pela seleção dos nomes apontados como técnicos que poderiam contribuir com a proposta do governo. Saldanha
tem vínculo partidário com o MDB, há 20 anos e, unido à atuação na Universidade Federal do Pampa, foi o estopim para o convite. “O aumento da vulnerabilidade social, da pobreza, da  informalidade e ampliação da fome é um contexto que gera um desafio que a pasta da Assistência Social acaba se debruçando. Tanto dentro do próprio governo do estado, como com parcerias privadas e o SUAS”, explicou. “O Rio Grande do Sul está vivendo uma grande oportunidade dentro da agenda do governo no que diz respeito à Assistência Social. Estamos vendo que o governo federal vive outro momento, onde existe a atuação para diminuição da pobreza extrema aqui no Estado”, finalizou

CURRÍCULO

Gustavo é bacharel em Administração, mestre em Gestão e Políticas Públicas pela Universidade de Lisboa e docente de Gestão Pública. Trabalhou vários anos como assessor parlamentar da Câmara dos Deputados do Brasil. Exerceu a função de coordenador Técnico na Agência de Desenvolvimento de Santa Maria, tendo atuado em processos de estímulo à governança local, na elaboração e monitoramento de planos estratégicos participativos em diferentes setores e na coordenação do Plano Estratégico de Desenvolvimento de Santa Maria. Entre 2017 e 2020 esteve cedido para o Ministério do Desenvolvimento Social (MDS), onde atuou nas funções de coordenador Geral de Qualificação da Secretaria de Inclusão Social e Produtiva, foi chefe da assessoria parlamentar do gabinete ministerial, onde também exerceu o cargo de Secretário Nacional Substituto