Fonte: G1 SC
Neste 5 de julho, data em que se celebra o Dia Internacional do Cooperativismo, Santa Catarina tem motivos de sobra para comemorar. O estado é referência nacional na força do cooperativismo, modelo econômico que alia desenvolvimento, inclusão social e geração de oportunidades. Com 235 cooperativas ativas em oito ramos e 4,7 milhões de associados — mais da metade da população catarinense —, o setor movimentou R$ 91,2 bilhões em 2024, crescimento de 7% sobre o ano anterior.
Presente em áreas estratégicas como agronegócio, crédito, saúde, infraestrutura, transporte e consumo, o cooperativismo catarinense se destaca por impulsionar o crescimento com base na colaboração. Apenas em 2024, o setor gerou 102 mil empregos diretos, número 7,3% maior que no ano anterior, e distribuiu R$ 5,57 bilhões em sobras, 55,1% acima de 2023.
Para os próximos anos, a projeção é ainda mais otimista. Segundo Vanir Zanatta, presidente da Organização das Cooperativas do Estado de Santa Catarina (Ocesc), o setor prevê investimentos de R$ 6,45 bilhões até 2027. A expectativa é que o faturamento anual alcance R$ 123,3 bilhões nesse período — um salto de 35% —, com geração de até 126,7 mil empregos diretos e expansão do número de cooperados para 6,3 milhões.
O agronegócio lidera em faturamento e exportações, com destaque para as cooperativas Aurora Coop, Alfa e Copercampos. Em 2024, as exportações do setor somaram R$ 11,63 bilhões, crescimento de 17% sobre 2023, impulsionadas principalmente pelas vendas de cereais (54,13%) e proteína animal (43,13%).
Além do agro, o cooperativismo de crédito também avança com força, reunindo 3,7 milhões de catarinenses em busca de um sistema financeiro mais próximo e participativo. Já os ramos de saúde e infraestrutura crescem pela oferta de serviços com qualidade diferenciada.
“Uma sociedade cooperada é mais forte. O cooperativismo mostra que, unidos, conseguimos fazer mais e melhor. E é assim que Santa Catarina cresce: com união e cooperação”, afirma Zanatta.
O modelo nascido em 1844, na Inglaterra, se modernizou, mas segue com os mesmos princípios: solidariedade, autogestão e desenvolvimento coletivo. Em Santa Catarina, tornou-se pilar de uma economia que busca, além do lucro, a qualidade de vida.
