O Sindicato Rural de Sant’Ana do Livramento realizou, na manhã da sexta-feira (24), uma reunião para debater assuntos referentes aos problemas causados pela estiagem no município. O encontro contou com a participação de um grande número de produtores de diversas regiões de Livramento que debateram, ao longo de quase duas horas, junto ao presidente da entidade, Luiz
Carlos D’Auria Nunes, as ações que estão sendo feitas como negociações de créditos bancários, licença ambiental, medidas que estão sendo tomadas na questão do abigeato, registro de B.O, via Sindicato Rural e esclarecimento das atribuições do Sindicato e Associação Rural. Segundo o presidente D’Auria, a reunião foi de extrema importância, pois demonstra o trabalho que está sendo realizado pela entidade em benefício de todos os produtores da região da fronteira com o Uruguai desde a articulação com o governo Municipal, Estadual e Federal, e as ações que estão sendo
tomadas em conjunto com a Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (FARSUL). Também foram abordados temas como os entraves ambientais que sofrem os produtores que têm suas
propriedades dentro da APA do Ibirapuitã. “Para se produzir dentro da Apa do Ibirapuitã, se têm muitos ônus e poucos bônus, que inclusive estão na legislação, como o pagamento diferenciado no ITR (Imposto Territorial Rural), por exemplo, que tá na lei, mas só que o Banco Central nunca efetivou. Outra coisa é a obrigação federal, o governo ter veículos e pessoal capacitado para o combate de incêndios dentro desta área de proteção ambiental como se tem em outras reservas. Hoje, é de nosso conhecimento que têm três caminhonetes à disposição, mas não são equipadas para isso. Então, o que nós queremos é que o governo federal, através dos seus órgãos competentes, forneça para Sant’Ana do Livramento que tem mais de 60% da área da APA dentro do município, forneça veículos e pessoal adequado que fique à disposição dos bombeiros ou outro órgão, para o combate a esses incêndios de grandes proporções que vem acontecendo há mais de três anos de seca causando prejuízos milionários aos produtores rurais. O presidente destaca que é necessário ter uma cadeira cativa junto às comissões da Secretaria de Agricultura do estado para
poder pleitear e trazer para a Fronteira Oeste e para o município soluções para essas situações pontuais que estão acontecendo. ”Outras regiões e outros municípios, por fazerem parte dessas comissões, estão conseguindo avançar nessas pautas”, comentou
RECURSOS FEDERAIS
Sobre os recursos destinados ao Rio Grande do Sul, pelo governo federal, para combate à estiagem, o presidente comentou que, até agora, não há nenhuma informação de quais valores virão para o município. ”Nós fizemos a nossa parte, entramos com o pedido de decreto de emergência e ele foi outorgado. O que sabemos até agora é só o que foi noticiado, que estes recursos serão destinados aos pequenos produtores, assentados e algumas prefeituras como forma de apoio”, finalizou