Após a repercussão da matéria do Jornal A Plateia publicada na edição passada sobre o Parque da Hidráulica ter sido declarado área de risco por conta do surto de gripe aviária na América Latina, o chefe do ICMBio em Sant’Ana do Livramento, Raul Coelho Paixão, explicou um pouco mais sobre a problemática das garças vaqueiras. Segundo ele, várias alternativas foram apontadas para o poder público municipal desde que as garças começaram a instalar seus ninhos naquela região em anos anteriores, mas até hoje nenhuma medida foi adotada. “Durante oito meses do ano elas não estão no parque, mas ficam os resíduos dos ninhos. A nossa recomendação foi que essas estruturas teriam que ser destruídas, com o objetivo de prejudicar o retorno delas. Além disso, recomendamos que quando as garças chegassem deveria ser feito o afugentamento com bastante intensidade, com a utilização de som, fumaça e a utilização de falcoaria. É preciso realizar esse trabalho na primeira semana, em novembro, quando elas estão chegando”, afirma. Outra alternativa apresentada ao poder público, é o manejo no interior do parque com a colocação de serragem na região para diminuir o mau cheiro das fezes dos animais. “Como os animais já estão instalados com seus filhotes e não vão poder sair dali, uma remediação é o tratamento das fezes que liberam uma amônia tóxica”, destacou. Uma outra forma de remediar seria a criação de uma “cama de aviário” embaixo das árvores onde a maioria dos ninhos estão alojados. “Aí nós teremos 80% do problema do mau cheiro solucionado. Além disso, nós também teríamos depois, um exemplo, material para compostagem”. O chefe do ICMbio destaca ainda que as garças vaqueiras, no DAE, possuem uma grande importância para o bioma e ecossistema, ajudando a eliminar o carrapato nos bovinos, por exemplo. “Elas auxiliam na pecuária e também nas lavouras de arroz no combate às lagartas e outras pragas. Nós queremos garças, sim, mas não ali onde elas estão”.

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