O escritório municipal do IRGA (30° NATE) – Sant’Ana do Livramento, concluiu essa semana, o levantamento dos números referentes à safra do arroz irrigado e da soja. Segundo o engenheiro agrônomo Lafayette Xavier de Moraes Neto, responsável pelo escritório, a produtividade e qualidade do arroz produzido nas lavouras do município acompanharam as médias do restante do estado. No arroz irrigado, a área semeada foi de 8.072 ha com produtividade média de 8.544 quilos por hectare (kg/ha). Já na soja de várzea foram semeados 7.510 hectares, com produtividade média 2.940 kg/ha.
Atualmente, Livramento possui 63 unidades produtivas de arroz, com lavouras em diversas regiões. “Neste ano, a área mais produtiva do nosso munícipio foi no Cerro da Cruz, no ano anterior a lavoura que obteve a maior média foi no Sarandi. Foi uma surpresa muito boa, pois a qualidade semeada lá está sendo superada por outras mais novas. Hoje em dia, nós temos uma variedade muito grande de arroz. E os problemas enfrentados geralmente são da porteira para fora que passam por estrutura de estradas e outros fatores externos”, disse o engenheiro.
Arroz Fronteiriço
Encontrado em muitas prateleiras de mercados do município, o Arroz Fronteiriço é a única marca de arroz 100% santanense, produzido desde a lavoura até a sua industrialização e disputa a preferência dos consumidores com outras marcas. A família Schutz, proprietária da empresa, veio para Sant’Ana do Livramento na década de 80 com o intuito de trabalhar na atividade arrozeira e, de lá para cá, se estabeleceu no mercado possuindo, hoje, tanto as lavouras de arroz quanto uma indústria montada. “Meu pai, Erni Schutz, via horizonte aqui na região e resolveu apostar. A família que morava na região central do estado veio para cá. A primeira lavoura naquela época foi na região da Faxina, e hoje ela está instalada no Cerro da Cruz, a 35 km da cidade – disse Joel Schutz, um dos sócios da empresa.
Atualmente, o engenho e Arroz Fronteiriço atende basicamente o mercado local, gerando vários empregos diretos e indiretos desde a lavoura até o produtor final. “Este ano foi uma safra espetacular, muito boa, fora da média. Já a nossa comercialização é só em Livramento. Nosso grande desafio é disputar mercado com grandes empresas, pois somos uma indústria basicamente familiar de pequeno porte. Começamos o processo de embalagem em 97 e estamos aí, trabalhando até os dias de hoje, com preço competitivo – encerrou o empresário.
