qua, 4 de dezembro de 2024

Variedades Aplateia | 30 e 01.12.24

Município assina termo para implementação de escola cívico-militar

O documento foi assinado pela prefeita e pela secretária municipal de Educação
Escola João Souto Duarte (Foto: Debora Castro/AP )

Nessa semana, o governo municipal divulgou que a Escola Municipal João Souto Duarte foi a selecionada para receber o Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares, no município.
Para ser selecionada, a escola deveria cumprir alguns critérios como situação de vulnerabilidade social e baixo desempenho no Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica), além de aplicar uma consulta pública à comunidade sobre o modelo em questão. Sant’Ana do Livramento foi selecionada na modalidade pessoal, ou seja, mediante parceria com o MEC serão disponibilizados militares inativos das Forças Armadas, que serão contratados por meio da Prestação de Tarefa por Tempo Certo – PTTC.
O Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares (Pecim) é um conceito de gestão compartilhada nas áreas educacional, didático-pedagógica e administrativa com a participação do corpo docente da escola e apoio de militares. Os militares desempenham tarefas de apoio enquanto os professores e demais profissionais da educação continuam responsáveis pelo trabalho didático-pedagógico.

Prefeita Ana e a secretária Sandra Pontes, durante a assinatura online

De acordo com a diretora, Fátima da Rosa Pires Tamara, a escola receberá suporte administrativo e pedagógico nas atividades escolares. “Teremos um oficial que será nosso chefe pedagógico cívico-militar, outro oficial ficará na escola realizando a seleção dos profissionais que irão trabalhar com os alunos”, relatou Fátima. O chefe pedagógico do Exército orientará os profissionais militares quanto ao trabalho com os alunos desenvolvendo oficinas, sendo responsável pela parte logística do conteúdo. “Será feito um resgate de valores de civismo com os alunos. Irão realizar algumas atividades diárias, como entoar o Hino Nacional Brasileiro, além de uma série de tarefas que as crianças vão ter que diariamente exercitar. O chefe pedagógico organizará a formação no início da manhã, diariamente deverão recepcionar os professores na chegada da sala de aula, colocar no quadro negro quais foram os responsáveis da semana, os alunos presentes, os alunos ausentes”, declarou Fátima Pires sobre o papel do Exército na escola.
Os oficiais serão responsáveis por trabalhar com os alunos no contraturno escolar, através de oficinas. “O profissional só vai entrar em sala de aula quando solicitado pelo professor. Nós iremos organizar projetos em conjunto com os professores, funcionários e equipe diretiva. Continuamos administrando a escola, auxiliados por esses profissionais que nos darão todo o suporte, através de oficinas, de engajamentos com parcerias que irão propiciar melhorias na escola”, declarou a diretora.
De acordo com a diretora, o projeto será destinado aos alunos do 6º ao 9º ano e poderá contar com a participação dos demais alunos para que conheçam o projeto e entendam o novo sistema. Questionada sobre como foi a aceitação por parte da comunidade escolar, Fátima relatou que reuniões online foram realizadas explicando para os pais como funcionaria. “Nós fizemos, após essa apresentação, uma votação online, onde a comunidade, pais, professores e funcionários tiveram o direito de optar pelo sim ou não, e tivemos quase 100% de aprovação da comunidade. Os pais viram com bons olhos, os profissionais dessa escola também”, destacou Fátima.
Segundo a secretária municipal de Educação, Sandra Pontes, não haverá repasses de recursos do governo federal para a escola e sim diversas parcerias, inclusive com o 7ºRC Mec, que será padrinho da escola.

Tânia da Roza, vice-diretora; Fátima da Rosa, diretora e Clenir Rodrigues, supervisora (Foto: Debora Castro/AP )

AP: Em que setores os monitores do Exército atuarão dentro da escola?
Sandra Pontes: Os militares não terão gerenciamento sobre a escola, eles terão a participação naquilo que eles acharem cabível, a direção continuará sob o comando da diretora, vice-diretora e a coordenadora pedagógica. Da porta da sala de aula pra dentro eles não terão gerenciamento. A parceria ocorrerá no resgate de valores, como o amor à pátria, o respeito aos mais velhos, aquilo que foi perdido. Os monitores que lá estiverem só entrarão nas salas de aula se os professores permitirem.

AP: Para que o aluno permaneça na escola, ele precisa ter um bom desempenho escolar. Caso não obtenha, precisará procurar outra escola? Como as dificuldades dos alunos serão sanadas?
Sandra Pontes: Eles não têm essa ideia. Eles (os militares) vão primar que suba o Ideb da escola. Vão montar projetos no contraturno desses alunos, para melhorarem a sua autoestima, para entenderem que estão inseridos nesta sociedade. Através do elogio, do que eles têm de bom, para que despertem para o esporte. Então, nenhum aluno sairá, a lei não permite, isso ocorre nas escolas militares e não nas cívicos militares.

AP: Quem fornecerá os uniformes para os alunos e professores?
Sandra Pontes: Estamos em tratativas para isso. Nós vamos conseguir parceria. O que temos ao nosso favor com a escola cívico militar são as parcerias, inclusive o Exército é nosso primeiro parceiro.

AP: Qual a contrapartida do município para implantação da escola cívico militar?
Sandra Pontes: O município entrou com o esforço, para direcionar qual escola deveria receber e ceder esse espaço e que concordasse. E junto com a cedência do ponto focal, faz o intermédio entre Secretaria Municipal de Educação, Seduc, escola e Exército, além de buscar parcerias para tudo que a escola precisar.

AP: Temas como homofobia, racismo e gênero, que são tratados diariamente, seguirão sendo tratados na escola, após a implantação da Ecim?
Sandra Pontes: Sim, cada vez mais. Uma das questões que eles primam muito é o respeito. Nós podemos até não concordar, mas devemos respeitar. Isso é primordial e ficou muito claro nas nossas reuniões.

AP: A equipe diretiva e os professores da escola estão realizando capacitações?
Sandra Pontes: Sim, começamos. Na sexta-feira (28), o Deputado Zuco esteve na cidade, mas ainda teremos mais encontros de formação, até para entender todo esse processo que está acontecendo. Mas segue toda a nossa didática e metodologia de ensino baseada no que nós temos hoje, que é a BNCC, referencial gaúcho e não mudará absolutamente nada.

AP: Quantos alunos a escola comporta?
Sandra Pontes: O ideal seria 300 alunos, hoje temos 144. Mas com a escola cívico militar e com as parcerias que já estamos conseguindo, vamos ampliar o número de salas de aula. De acordo com a chegada de alunos nós vamos realizar essa ampliação. E o Exército é o nosso primeiro parceiro.

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