O possível retorno das aulas na modalidade híbrida está prestes a acontecer. A informação foi confirmada pela secretária municipal de Educação, Sandra Pontes, nessa semana. “Em algum momento nós precisamos ter esse retorno. No mês de maio ainda não é possível, pois estamos em contato direto com a Secretaria de Saúde, com a administração da Santa Casa e, neste momento, não é viável. Temos o calendário escolar, estamos pensando em todas as possibilidades e levamos em consideração a taxa de ocupação da ala Covid e da UTI Covid, para iniciarmos em junho”, declarou Sandra Pontes.
A volta às aulas de forma presencial e híbrida nas escolas municipais e estaduais foi suspensa pelo governo municipal no início deste mês. A determinação está em uma instrução normativa que entrou em vigor no início deste mês.
Tânia Regina Salenave Pereira, tem uma filha de 12 anos que estuda pela parte da tarde e, desde o início da pandemia, tem ficado com a avó. Tânia não concorda com o retorno às aulas. “Os horários oferecidos não estão razoáveis. Como pode uma mãe que trabalha levar o filho para escola às 13h e ir buscar às 15h. Não é viável e ainda temos o problema da maioria das crianças andarem de ônibus, correndo perigo de serem contaminado na ida, no colégio e na volta para casa. Prefiro esperar um cenário melhor, com a redução dos casos e com a maioria da população vacinada para volta às aulas do ano que vem”, destacou Tânia.
Mariene Fialho tem um filho de dois anos e trabalhava no comércio até agosto do ano passado, quando foi demitida e passou a trabalhar de forma autônoma e precisa que as aulas presenciais retornem. “Sou eu e meu filho, não tenho mais ninguém que me ajude, as coisas estão difíceis. Tem a pandemia, tem roupa, comida para ele, preciso pagar babá toda vez que saio pra algum trabalho. É muito difícil, não consigo trabalho, largo currículos mas não estão admitindo ninguém. Corro atrás, tento dar o meu melhor para o meu bebê”, destacou Mariene.
Embora sejam enormes os prejuízos à educação e ao desenvolvimento infantil depois de um ano de escolas fechadas e aulas de forma remota, a volta às aulas deve ser pautada, principalmente, por regramentos e protocolos referentes ao distanciamento social, à higiene pessoal, à sanitização de ambientes e ao monitoramento.