Mesmo em meio ao cenário de incertezas imposto pela pandemia do coronavírus, o agronegócio segue batendo todos os recordes pela valorização das principais riquezas que o campo produz. Sobretudo com uma pecuária valorizada e pujante que parece não ter achado ainda o seu pico máximo na valorização, o setor vem crescendo semana a semana. O Brasil está próximo de bater, neste outubro, um novo recorde histórico de exportação mensal de carne bovina in natura. Se mantido o ritmo atual de 8,16 mil toneladas/dia, o desempenho total dos embarques brasileiros de carne bovina in natura deve chegar a 171,42 mil toneladas, quebrando o recorde histórico de 170,55 mil toneladas (registrado em outubro de 2019), prevê a Agrifatto, uma das empresas de consultoria em agronegócio mais conceituadas do Brasil.
Em Livramento, o proprietário da JB Negócios Rurais, João Batista Ocaña, destaca que vacas com cria, vacas prenhas e novilhas tanto para cria como para confinamento estão entre as categorias mais procuradas. “A compra de terneiros para exportação abriu esta semana, recebemos a tabela de preços, mas as ofertas muito devagar, está muito concorrida esta categoria com outros estados aqui do país, como São Paulo, Paraná e Minas Gerais. Anteriormente, os exportadores estavam sozinhos neste mercado, agora abriu um leque de compradores e a demanda aumentou e as ofertas ficaram retraídas. Quanto ao mercado de reposição para cria, recria e invernada a oferta está muito reduzida e categorias muito valorizadas. Muita procura por vacas com cria, vacas prenhas e novilhas tanto para cria como para confinamento. Os animais para engorda como vacas de invernar, novilhas e novilhos, com preços acima do preço do gado gordo, muita procura por estas categorias e oferta muito reduzida” disse.
Conforme o corretor, o mercado pecuário local tem acompanhado os preços nacionais e da mesma maneira vem passando por um processo de valorização. “Quanto ao gado gordo, o mercado está firme, com aumento de preços semanais, os gados de pastagem terminando, até porque as pastagens já foram dessecadas para o plantio de soja e os animais que estavam nas mesmas ou foram vendidos ou retornaram para os campos nativos com o produtor esperando melhor preço para o gado gordo. Esta é a realidade da nossa região principalmente porque é nela que trabalhamos dia a dia, acompanhamos os preços de outros estados obviamente, e temos notado e que o mercado deles está muito parecido com o nosso em termos de oferta e demanda”.