Enquanto algumas empresas fecham, outras estão aproveitando o período da pandemia para expandir seus negócios. Como é o caso da linguiçaria Coxilha do Pampa que dobrou sua produção
O momento é de buscar novos negócios. Aproveitar as mudanças impostas pela pandemia e se reinventar. Como é o caso da agroindústria Coxilha do Pampa que existe há 4 anos regulamentada junto ao Serviço de Inspeção Municipal (SIM) e que neste período de crise conseguiu dobrar a sua produção de embutidos, e de quebrar conquistar novos mercados.
O proprietário da empresa, Tiago Monteblanco, conversou com a nossa reportagem por telefone na tarde dessa sexta-feira (29), justamente pelo fato de estar na cidade de Santa Maria entregando a linguiça produzida em Sant’Ana do Livramento para seus clientes daquela cidade que conheceram o produto por meio de postagens em redes sociais. O microempresário que hoje emprega mais 3 pessoas, no seu empreendimento, diz estar muito contente com o bom momento de vendas graças ao decreto do governo estadual que acabou flexibilizando a venda de produtos locais para outros municípios.
O decreto citado pelo empresário é uma portaria que autoriza o comércio intermunicipal de produtos de origem animal de agroindústrias registradas nos Serviços de Inspeção Municipal (SIM). A medida tem caráter excepcional e vigorará durante a vigência do decreto estadual de calamidade pública com medidas contra o Covid-19.
Conforme o documento, as agroindústrias deverão apresentar e manter documentos que comprovem a regular inscrição no SIM. Os produtos e subprodutos de origem animal deverão estar identificados e rotulados, permitindo a rastreabilidade, e terão fiscalização nas condições de acondicionamento, transporte e procedência sanitária.
Assim como outras empresas, a Coxilha do Pampa se beneficiou da medida e conseguiu expandir seus negócios. “Estamos vendendo bem. Hoje, nós somos quatro pessoas trabalhando. Mas acredito que daqui a duas semanas vamos contratar mais duas. Recentemente a gente fez a aquisição de um veículo frigorífico para poder atender melhor a região. Nós vendíamos em média 800 kg/mês, e agora passamos de 1.400 kg/mês com a pandemia. Mas o nosso grande objetivo é chegar aos 2 mil kg/mês. Capacidade nós temos e procura também”.
Segundo o microempresário outra novidade é que a empresa está investindo em equipamentos para melhorar sua capacidade de produção. “Nós compramos uma máquina ultracongeladora que tem a capacidade de congelar 70 kg de produto em aproximadamente 1h30. Isso vai possibilitar mais agilidade nas vendas. O momento é muito bom”.
Matias Moura
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