Um estudo feito pela Secretaria Municipal de Trânsito, Transporte e Mobilidade Urbana levantou dados de atendimentos realizados pelos agentes de trânsito sobre os acidentes no município que será usado para diminuir as ocorrências com vítimas e danos materiais.
Nos últimos onze anos, mais de 100 pessoas perderam a vida em acidentes de trânsito, de acordo com relatório apresentado pelo responsável pelo setor de educação no trânsito, Luciano Mansilha. “O objetivo, a partir desse estudo é melhorar, realizar um trabalho tanto de engenharia, quanto de fiscalização e educação, para que possamos reduzir esse número de vítimas e acidentes. O pior ano foi o de 2020. Pensamos que com a pandemia seria tranquilo, pelo fato de reduzir o fluxo de veículos e de pessoas, mas tivemos 15 vítimas fatais”, declarou Luciano Mansilha.
O agente de trânsito atribui os acidentes ao comportamento e à falta de cuidados dos motoristas. O educador de trânsito Luciano Mansilha demonstrou que 90% dos acidentes em Sant’Ana do Livramento são causados pela falta de comportamento dos motoristas e os outros 10% por problemas nos veículos ou por falta de sinalização. “Quando os motoristas aplicam a direção defensiva, a situação tende a ter um controle bom. As pessoas têm conhecimento das regras e das leis. Os acidentes são causados por falta de comportamento e responsabilidade”, destacou Mansilha.
O levantamento feito pela secretaria mostra que, entre os anos de 2019 e 2021, as ruas com maiores números de atendimentos de acidentes foram: Tamandaré (50 acidentes), João Belchior Goulart (49 acidentes), 13 de Maio (32 acidentes), Andradas (25 acidentes) e Dom Pedro II (24 acidentes).
Ainda segundo o estudo feito pelo setor de educação de trânsito, nesses 11 anos, 597 envolvidos em acidentes são homens e 217 mulheres, o que equivale a 73% de acidentes causados por motoristas do sexo masculino e 27 % por motoristas do sexo feminino.
Quanto ao tipo de veículos envolvidos em acidentes, dos anos de 2018 a 2021, 42% são carros, 22% motos, 12% caminhões, 4% bicicletas, 3% ônibus e 17% com pedestres.
Quanto às multas de trânsito aplicadas no município, Mansilha destaca que os valores oriundos das multas por infrações são aplicados no trânsito, engenharia, educação e materiais. “Dinheiro de multas não pode ser aplicado em pagamento de pessoal, deve ser usado em melhorias, não pode ser aplicado em outras secretarias”, explica Mansilha.
Um estudo que já foi aprovado no Conselho Municipal de Trânsito, Transporte e Mobilidade Urbana (COMUT), prevê que a rua 13 de Maio seja de mão única. A medida tem por objetivo conter os números crescentes dos dados estatísticos, para assim, oferecer uma maior segurança a pedestres e motoristas. O processo está cumprindo seu trâmite legal, para futuramente ser executado.
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