dom, 10 de agosto de 2025

Variedades Digital | 09 e 10.08.25

Conheça a história de Luís Augusto, o pai que nunca desistiu

Um pai presente além da presença

O Dia dos Pais ganha um significado ainda mais especial na vida de Carolina Batista, que compartilha com carinho a trajetória do pai, Luís Augusto, e o cuidado dedicado a seus filhos, em especial ao irmão dela, Augusto, que tem necessidades especiais.

“Meu pai é uma pessoa muito racional, responsável e honesta. Para mim, ele é o maior exemplo de integridade, e isso se refletiu na forma como cuidou de mim e do meu irmão, que desde criança eu chamo de Magu”, conta Carolina. Luís Augusto sempre colocou os filhos como prioridade máxima, muitas vezes abrindo mão de seus próprios momentos para garantir o bem-estar da família.

O que mais marcou Carolina na forma como o pai os criou foi a prioridade que ele sempre deu aos filhos, cuidando deles com muito respeito, carinho e responsabilidade. “Ele não só nos ensinou pelo que dizia, mas principalmente pelo exemplo de valores e honestidade que dava no dia a dia”, destaca.

Especialmente no caso do irmão, que tem necessidades especiais e demanda cuidados intensivos, Luís Augusto demonstrou uma dedicação fora do comum. “Ele simplesmente abriu mão da própria vida para cuidar do filho. Essa abnegação é a principal característica admirável do meu pai e o motivo pelo qual todos que o conhecem e admiram profundamente.”

Além disso, Carolina ressalta a gentileza, a educação e a empatia do pai, qualidades que se destacam ainda mais no cuidado dedicado ao filho com necessidades especiais.

Por ter sido pai solteiro, Luís Augusto assumiu sozinho grande parte das responsabilidades familiares. “Minha mãe sempre esteve presente e dividiu algumas tarefas, mas quando a situação apertava, era ele quem segurava as pontas”, lembra Carolina, ressaltando o esforço e a força do pai para manter tudo funcionando diante dos desafios.

Como pai solteiro, ele conciliou a difícil tarefa de cuidar de uma criança com necessidades especiais com o trabalho e os desafios da vida. “No início, enfrentou muitas dificuldades, passou por perrengues e precisou contar com a ajuda de outras pessoas, mas nunca desistiu. Sempre fez o possível para nos proporcionar o mínimo de conforto, amor e atenção  e isso fez toda a diferença”, destaca Carolina.

Hoje, já adulta, Carolina reflete sobre a importância da união familiar que viveu na infância: “Viver numa família unida traz segurança, felicidade e o direito de ser criança, de viver a vida como uma criança deve, com uma família que está junta. Essa é a melhor lembrança que tenho do meu pai. Também levo dele o sentimento de união, de família, de ter para quem voltar, para quem recorrer, e a admiração. Muito além disso, o que fica é o exemplo, porque não adianta querer passar para os nossos filhos o que é certo se a gente não dá exemplo. E o meu pai é exatamente isso, um exemplo do que ele é, do que fala e do que nos ensina.”

Sobre a relação com o irmão, Carolina destaca a sintonia e a preocupação constante de Luís Augusto. “Ele é extremamente protetor e cuidadoso, dedicando atenção integral ao bem-estar do meu irmão, tanto nos dias tranquilos quanto nos mais difíceis.”

Para Carolina, o Dia dos Pais representa uma data de celebração e gratidão, especialmente por reconhecer que nem todos têm essa oportunidade. “É uma data difícil para muitas pessoas, por vários motivos. Eu tenho o privilégio de poder comemorar, porque tenho um pai que merece ser celebrado. Para mim, o Dia dos Pais é como um aniversário, um Natal, uma Páscoa, é um dia para celebrar. E eu sempre fico muito feliz, gosto de demonstrar meu amor com atos, preparar algo especial para ele.”

E se pudesse dizer algo a ele hoje, as palavras de Carolina são cheias de emoção e reconhecimento: “Só tenho a agradecer. Se estou onde estou, se tenho a chance de construir minha vida e cuidar do meu filho Isaac dentro de uma boa família, é por causa dele. Espero poder retribuir tudo o que ele fez por nós.”