dom, 10 de agosto de 2025

Variedades Digital | 09 e 10.08.25

A paternidade vivida por inteiro de Thiago Cardoso

Presença, amor e fé

Ser pai de três filhos pequenos, o Noah, a Débora e a Marjorie, transformou completamente a vida de Thiago Willian. E não foi apenas a rotina que mudou, mas também a forma como ele enxerga o mundo, o papel da família e o verdadeiro significado de estar presente.

Thiago é aquele tipo de pai que participa de tudo: dá banho, seca o cabelo das meninas, leva nas consultas médicas, comparece às reuniões da escola, faz mercado com os filhos e cuida da educação de perto. Para ele, ser pai não é só prover, é criar vínculos, ensinar valores, caminhar junto. “Pai tem que estar presente, se conectar, ensinar os filhos a ter fé e conhecer a Deus”, resume.

A inspiração para ser esse pai tão comprometido nasceu justamente da ausência. Quando era criança, Thiago viu seu próprio pai deixar o lar e cresceu com a firme decisão de fazer diferente. “Eu cresci com aquilo de que não faria igual. Que seria um pai melhor. E é isso que eu busco todos os dias”, afirma. Seu maior desejo é que os filhos, quando crescerem, se lembrem dele não apenas como alguém que sustentou a casa, mas como um pai amoroso, presente e amigo, alguém com quem sempre puderam contar.

A paternidade também trouxe grandes mudanças. A principal delas, segundo ele, foi o senso de responsabilidade. “Quando a gente tem um filho, tudo muda. Você passa a ser responsável por uma vida. Precisa cuidar, trabalhar mais, fazer mais. E fazer com amor.”

Essa jornada foi ainda mais desafiadora com o primogênito, Noah, diagnosticado com autismo e, posteriormente, com epilepsia. Ao perceber que Livramento não oferecia a assistência necessária, Thiago e sua esposa, Lina, não pensaram duas vezes: deixaram tudo para trás e recomeçaram a vida em Encantado, cidade onde encontraram um centro especializado no tratamento do autismo. “A prioridade sempre foi ele. A gente correu atrás do direito dele. Não olhamos para trás. Olhamos para frente, para o que é melhor para os nossos filhos.”

Os desafios da mudança não foram pequenos, mas tudo foi acontecendo de forma tão fluida que Thiago acredita ter sido guiado por Deus. Desde o novo emprego até a moradia, tudo se encaixou. “O desafio começou depois, com a realidade. A fila para os atendimentos, a luta por um monitor na escola… mas a gente foi vencendo tudo, passo a passo.”

E cada pequena conquista do Noah se torna um momento de emoção para Thiago. “Quando ele começou a brincar com bonequinhos, ou a cantar um hino de louvor, eu me emocionei muito. Antes, ele fazia xixi nas calças, hoje vai sozinho ao banheiro. São vitórias diárias.” Apesar das limitações, o vínculo entre pai e filho é forte e afetuoso. Noah é carinhoso, gosta de abraçar e, mesmo que não consiga fazer todas as atividades típicas de uma criança de sua idade, encontra no pai um parceiro para tudo.

A rotina da família é intensa: enquanto as meninas vão à creche pela manhã, Noah estuda à tarde na APAE. Há também os tratamentos, as consultas e os momentos em casa sempre vividos com amor e cumplicidade. O vínculo entre os irmãos é incentivado desde cedo. “Se damos algo para um, damos para os três. Eles aprendem a compartilhar, a cuidar uns dos outros.”

Além de enfrentar o autismo, Noah também precisou lidar com crises convulsivas e passou por duas cirurgias no último ano. Em todas elas, Thiago esteve ao lado do filho, firme, mesmo reconhecendo que, na verdade, é o menino quem lhe ensina força todos os dias. “A gente acha que está dando força para ele, mas é ele que é forte. É ele quem vence tudo isso com coragem.”

Para Thiago, ser pai é isso: estar junto em cada passo, cada dificuldade, cada alegria. Ensinar, proteger, amar. E deixar como herança não os bens materiais, mas o exemplo de uma presença verdadeira. “Meu legado para eles é esse: que saibam que, não importa onde estejam, o pai deles sempre estará ali. Que possam lembrar de mim com amor e orgulho.”


Ser pai de três filhos pequenos, o Noah, a Débora e a Marjorie, transformou completamente a vida de Thiago Willian. E não foi apenas a rotina que mudou, mas também a forma como ele enxerga o mundo, o papel da família e o verdadeiro significado de estar presente.

Thiago é aquele tipo de pai que participa de tudo: dá banho, seca o cabelo das meninas, leva nas consultas médicas, comparece às reuniões da escola, faz mercado com os filhos e cuida da educação de perto. Para ele, ser pai não é só prover, é criar vínculos, ensinar valores, caminhar junto. “Pai tem que estar presente, se conectar, ensinar os filhos a ter fé e conhecer a Deus”, resume.

A inspiração para ser esse pai tão comprometido nasceu justamente da ausência. Quando era criança, Thiago viu seu próprio pai deixar o lar e cresceu com a firme decisão de fazer diferente. “Eu cresci com aquilo de que não faria igual. Que seria um pai melhor. E é isso que eu busco todos os dias”, afirma. Seu maior desejo é que os filhos, quando crescerem, se lembrem dele não apenas como alguém que sustentou a casa, mas como um pai amoroso, presente e amigo, alguém com quem sempre puderam contar.

A paternidade também trouxe grandes mudanças. A principal delas, segundo ele, foi o senso de responsabilidade. “Quando a gente tem um filho, tudo muda. Você passa a ser responsável por uma vida. Precisa cuidar, trabalhar mais, fazer mais. E fazer com amor.”

Essa jornada foi ainda mais desafiadora com o primogênito, Noah, diagnosticado com autismo e, posteriormente, com epilepsia. Ao perceber que Livramento não oferecia a assistência necessária, Thiago e sua esposa, Lina, não pensaram duas vezes: deixaram tudo para trás e recomeçaram a vida em Encantado, cidade onde encontraram um centro especializado no tratamento do autismo. “A prioridade sempre foi ele. A gente correu atrás do direito dele. Não olhamos para trás. Olhamos para frente, para o que é melhor para os nossos filhos.”

Os desafios da mudança não foram pequenos, mas tudo foi acontecendo de forma tão fluida que Thiago acredita ter sido guiado por Deus. Desde o novo emprego até a moradia, tudo se encaixou. “O desafio começou depois, com a realidade. A fila para os atendimentos, a luta por um monitor na escola… mas a gente foi vencendo tudo, passo a passo.”

E cada pequena conquista do Noah se torna um momento de emoção para Thiago. “Quando ele começou a brincar com bonequinhos, ou a cantar um hino de louvor, eu me emocionei muito. Antes, ele fazia xixi nas calças, hoje vai sozinho ao banheiro. São vitórias diárias.” Apesar das limitações, o vínculo entre pai e filho é forte e afetuoso. Noah é carinhoso, gosta de abraçar e, mesmo que não consiga fazer todas as atividades típicas de uma criança de sua idade, encontra no pai um parceiro para tudo.

A rotina da família é intensa: enquanto as meninas vão à creche pela manhã, Noah estuda à tarde na APAE. Há também os tratamentos, as consultas e os momentos em casa sempre vividos com amor e cumplicidade. O vínculo entre os irmãos é incentivado desde cedo. “Se damos algo para um, damos para os três. Eles aprendem a compartilhar, a cuidar uns dos outros.”

Além de enfrentar o autismo, Noah também precisou lidar com crises convulsivas e passou por duas cirurgias no último ano. Em todas elas, Thiago esteve ao lado do filho, firme, mesmo reconhecendo que, na verdade, é o menino quem lhe ensina força todos os dias. “A gente acha que está dando força para ele, mas é ele que é forte. É ele quem vence tudo isso com coragem.”

Para Thiago, ser pai é isso: estar junto em cada passo, cada dificuldade, cada alegria. Ensinar, proteger, amar. E deixar como herança não os bens materiais, mas o exemplo de uma presença verdadeira. “Meu legado para eles é esse: que saibam que, não importa onde estejam, o pai deles sempre estará ali. Que possam lembrar de mim com amor e orgulho.”