Jornal A Plateia

Por Percival Puggina: Aos mestres, com gratidão e reverência

Neste último dia 15 de outubro, dia dos professores, me veio a ideia de que, aos 80 anos, sou bem mais velho do que haviam sido todos os meus “velhos” mestres.

Cá entre nós, se considerarmos apenas a idade e o consequente acúmulo de perdas, não é uma boa contar 80 anos. Somar setenta, sessenta, cinquenta, era melhor. Quantos amores ficaram pelo caminho! No entanto, antes que o Senhor da vida me chame de ingrato por quanta bondade me concedeu, quero esclarecer meu ponto: se ter 80 anos não é exatamente um canteiro de saudades num jardim de delícias, ter vivido esse tempo todo é uma experiência extraordinária, uma esplêndida graça.

É um aspecto dessa dádiva que tenho em mente, por exemplo, quando se acendiam, anteontem, as luzes para a noite de 15 de outubro de 2025, Dia do Professor. Graças aos meus 80 anos, queridos leitores, os muitos professores que tive durante os anos 50 e 60 do século passado, não haviam sequer ouvido falar em Paulo Freire! Afortunado privilégio! De fato, como a badalada experiência freiriana de alfabetização “express” de Angicos é de 1963 e a “Pedagogia do oprimido” foi publicada em 1968, quando Freire já estava no Chile, os poucos que souberam algo dele eram suficientemente inteligentes como para não lhe dar atenção.

 

 

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