No dia 10 de setembro é comemorado, o Dia Mundial de Conscientização do suicídio e é fundamental refletir sobre o estigma e o preconceito como um dos principais fatores de risco.
De acordo com os dados da primeira pesquisa nacional sobre Percepções Sociais da Morte, do Luto e do Suicídio, realizada pela UDELAR, a falta de apoio no entorno continua sendo um elemento que interfere e retarda a busca por ajuda.
Muitas vezes, essa ausência de apoio se manifesta por meio do preconceito: o pedido de ajuda é visto como “chamado de atenção”, o que contribui para a naturalização de condutas e formas de enxergar o problema que, em alguns casos, acabam por reforçá-lo.
É preciso também relacionar o tema ao tabu persistente, às questões de gênero, ao desconhecimento (medos, resistências, desvalorização da saúde mental, etc. e à dificuldade de conexão com o mundo interno e afetivo.
Todos podemos, em algum momento da vida, enfrentar uma situação estressante, difícil de suportar ou tão drástica que nos leve a pensar na própria morte como solução. No entanto, quem se suicida não deseja morrer ou se matar — busca uma saída para o sofrimento psíquico que enfrenta.
Perguntar, demonstrar empatia e se aproximar são formas de buscar ajuda em conjunto e de conscientizar sobre o tema. São, sobretudo, fatores de proteção essenciais.
Texto escrito pela psicóloga Gissela Núñez Martínez
CASMER-FEPREMI
Mesa Interinstitucional de Prevenção de Condutas Suicidas de Rivera
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