É importante salientar que, além dos médicos veterinários, muitos outros profissionais desempenham papéis essenciais na proteção e bem-estar dos animais. Voluntários, cuidadores, assistentes sociais e até mesmo aqueles que atuam em ONGs e abrigos dedicam tempo, esforço e carinho para garantir que os animais recebam o cuidado necessário. O trabalho coletivo entre esses profissionais fortalece a causa e faz a diferença na vida dos animais, promovendo um ambiente mais seguro e acolhedor para eles.
Fundada em 10 de dezembro de 1992 pela santanense Elda Dargelio, a Associação Santanense de Proteção aos Animais (ASPA) construiu uma história de amor, luta e resistência. Ao longo de mais de 30 anos, a entidade se consolidou como a única ONG dedicada à proteção animal em Livramento, tornando-se referência para a comunidade.
Muito antes da popularização das redes sociais, dona Elda já realizava um trabalho voluntário pioneiro: produzia jornais impressos com conteúdo educativo e os distribuía na vizinhança, mobilizando pessoas em prol da causa animal. Sua iniciativa lançou as bases de um movimento que, ainda hoje, inspira e transforma.
Com o tempo, a ASPA evoluiu. A vereadora Juliana Lemos, que participa ativamente da associação, lembra que no início os animais abrigados não eram castrados e se reproduziam no local. “Isso foi melhorando quando passamos a levar para castração e a investir na estrutura. Aos poucos, o espaço deixou de ter apenas um caráter sanitarista para se tornar mais acolhedor, onde os animais pudessem se sentir em casa”, relata.
Mesmo com avanços, os desafios permanecem. “Infelizmente, muitos animais ainda nascem e morrem dentro do abrigo, porque existe muito preconceito na hora de adotar animais adultos”, explica Juliana.
Para ela, a figura de Dona Elda é um símbolo da causa em Sant’Ana do Livramento. “Foi graças a ela que essa história começou. A estrutura, a água, o espaço físico, tudo isso ela garantiu para que houvesse um local de acolhimento. Dona Elda é um marco da proteção animal na nossa cidade”, destaca.
Assim, a ASPA segue firme, unindo voluntários e parceiros em defesa daqueles que não têm voz, mas que encontram na associação a esperança de um lar e de uma vida digna.
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