Em entrevista ao Jornal da Mannhã, da rádio RCC FM, desta terça-feira (4), o secretário Municipal de Serviços Urbanos, Júlio Mota, abordou a situação crítica e as medidas que vêm sendo tomadas sobre o descarte ilegal de resíduos no Passo do Mingote.
Os moradores do Passo do Mingote têm cumprido suas responsabilidades ao descartar o lixo corretamente nos contêineres disponibilizados pela prefeitura. No entanto, segundo os moradores da região, o problema reside no descarte ilegal realizado por pessoas que vêm de áreas rurais e até do perímetro urbano. Segundo Mota, “a coleta no local ocorre no final da manhã, três vezes por semana, mas temos um ponto de descarte irregular de lixo que é constantemente alimentado por quem não é da região”.
“Tínhamos um contêiner lá, os moradores pediram para aumentar e aumentamos, mas cada vez mais vemos o acúmulo de lixo”, explicou Mota. Entre os itens descartados de forma inadequada, estão eletroeletrônicos e móveis, que representam um risco adicional para o meio ambiente.
Uma das maiores dificuldades enfrentadas é a falta da competência legal da Secretaria para aplicar sanções. “Tem a questão da competência. Nossa Secretaria, por atribuição legal, não tem competência de fiscalização ou sanção. Isto compete ao Departamento de Meio Ambiente (DEMA)”, esclareceu Mota.
Outro detalhe esclarecido por Mota: “O fechamento do Marco do Lopes acarretou um aumento no Mingote”, afirmou Mota. “Essa lixeira foi fechada devido às queixas dos moradores e às intervenções do DNIT, e a área foi limpa em um esforço intensivo de uma semana e meia. Agora, a prefeitura construiu uma nova lixeira próxima ao Clube Santa Rita, faltando apenas uma porta para evitar a entrada de animais”.
A prefeitura está estudando a possibilidade de adicionar mais um contêiner na área, mas reconhece que esta pode não ser a solução definitiva. “Enquanto não houver uma conscientização, podemos colocar quantos contêineres forem, mas os problemas persistirão”, concluiu o secretário.