qua, 30 de abril de 2025

Variedades Digital | 26 e 27.04.25

Casos de abuso sexual de crianças e adolescentes preocupam autoridades

O investigado uruguaio, residia no Brasil e é acusado de aliciar crianças e adolescentes da região em troca de permitirem exploração sexual (Foto: Polícia Federal )

Na última semana, a Polícia Federal de Sant’Ana do Livramento prendeu em flagrante um uruguaio que vem sendo investigado pelo crime de exploração sexual infanto-juvenil no município. Durante a Operação denominada Wotan, os policiais federais cumpriram um mandado de busca e apreensão e um mandado de prisão preventiva contra o homem que já havia sido preso pelo crime de armazenamento de conteúdo pornográfico envolvendo criança ou adolescente.
A delegada de Polícia Federal, Letícia Meneghetti Rolim, explicou que o investigado uruguaio, residia no Brasil e ja havia sido condenado em seu país por crimes de armazenamento e compartilhamento de material de abuso sexual infanto-juvenil. O caso, inicialmente investigado pela Polícia Civil, apurava a denúncia de que ele estaria aliciando pessoas da região para que permitissem a exploração sexual de seus filhos e filhas. O homem também encaminhava e solicitava, através de seus perfis falsos na internet, vídeos de pornografia para perfis de outros países. Somadas, as penas podem chegar a 46 anos de reclusão.
“É um dos casos mais importantes que já passaram aqui pela delegacia, foi identificado durante o mandado de cumprimento de buscas o material no celular dele e por esse motivo a prisão em flagrante foi convertida em prisão preventiva”, disse a delegada, reiterando que nos últimos anos foram realizadas cinco operações em Livramento relacionadas a este crime, todas com prisões em flagrante dos suspeitos. As penas para armazenamento e compartilhamento de conteúdo pornográfico infantil podem chegar a dez anos de reclusão, além de multa.
A última ação ocorreu durante o Maiô Laranja, mês de conscientização e combate ao abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes.
Brigada Militar, Polícia Civil, Polícia Federal, em parceria com o Conselho Tutelar, atuam para combater esses crimes que deixam marcas profundas nas vítimas e na sociedade.
Embora o número exato de casos no município não seja divulgado devido à subnotificação, as autoridades destacam que denúncias representam apenas uma fração do problema que deve ser enfrentado.

Delegada da Polícia Federal, Letícia Meneghetti Rolim (Foto: Debora Castro/AP )

A delegada titular da Polícia Civil, Giovana Müller, explicou que a denúncia recebida sobre o homem uruguaio estava sendo investigada, e quando constatada a atribuição da PF que também estava investigando, remeteu a eles todo o procedimento já feito. “É importante referir que exploração sexual também se dá por meio de entrega de pequenos presentes, dinheiro, alimentos, roupas, entre outros, com interesse sexual”, disse a delegada.
A Brigada Militar através do patrulhamento de rotina, recebe denúncias através do 190, busca identificar situações de risco para assim acionar o Conselho Tutelar e a PC. A subcomandante do 2º RPMon, major Karla Incertti esclareceu que muitos casos chegam através do 190, do disque 100 e até mesmo do apoio ao Conselho Tutelar. O sargento Fernando dos Santos, responsável pelo trabalho na BM, vem realizando diversas palestras debatendo o tema.
“A comunidade tem que estar atenta de que não são casos distantes, na maioria das situações os agressores são familiares ou conhecidos”, frisou.

Francisca Harden

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