qua, 30 de outubro de 2024

Variedade Digital | 26 e 27.10.24

Para Lorenzoni, entidades tomam a frente e pedem aumento de impostos porque estão sendo chantageadas

Porto Alegre, RS. 10/04/2024. Comissão de Defesa do Consumidor, reunião ordinária. Sala João Neves da Fontoura (Plenarinho), 3º andar. Fotos: Lucas Kloss / ALRS

Foi realizada nesta quarta-feira (10), audiência pública da Comissão de Defesa do Consumidor e do Contribuinte da Assembleia Legislativa com a participação dos mesmos líderes de entidades que entregaram ao governador Eduardo Leite manifesto favorável ao aumento de ICMS no RS e contra a retirada de incentivos fiscais. A expectativa, tanto do governo, quanto dos líderes, era garantir, antes mesmo que o novo projeto de lei com aumento de ICMS venha para o ALRS, que os deputados se sensibilizem e garantam sua aprovação.

Depois das manifestações de mais de 10 lideranças de entidades e convidados, falou o deputado Rodrigo Lorenzoni. Foi ele que, em dezembro, se mobilizou pela não aprovação do Projeto de Lei do governador para aumento de ICMS – posteriormente retirado ante a iminente derrota – e foi ele também que apresentou Projeto de Decreto Legislativo para sustar os “decretos do fim do mundo”, que retirariam incentivos fiscais de 64 setores da Economia, inclusive da cesta básica. Esses decretos, inicialmente anunciados para vigorar em 1º de abril, agora estão previstos para valer dia 1º de maio. Rodrigo Lorenzoni disse que não acredita mais em Eduardo Leite, porque ele mentiu muitas vezes, inclusive quando disse que não seria candidato à reeleição e que não aumentaria imposto. “Porque eu estou vendo e quero me solidarizar com todos vocês. Atirar esta responsabilidade para o colo de vocês e fazer vocês virem aqui cobrar da gente não é justo. E quem está sendo chantageado para pagar a conta da falta de coragem são vocês. E vocês estão maculando eventualmente as suas histórias porque estão chantageados, pressionados”, afirmou Rodrigo.

O RS faz isso há 30 anos

O deputado, líder do PL, que foi o terceiro mais votado do RS, concluiu sua manifestação dizendo que foi eleito para buscar os melhores caminhos para o Estado. “Eu não atuarei como homem público para buscar o menos pior. O menos pior é medíocre. Nós temos que buscar o que é melhor. Eu não fui eleito para buscar o remédio amargo. Eu fui eleito para buscar a cura. Nós não podemos fazer mais do mesmo porque o resultado nós já sabemos. O RS faz isso há 30 anos. Não contem comigo para isso. Contem comigo para defender vocês. A serem mais produtivos e nós não termos tanto imposto no Rio Grande do Sul.

Nei Mânica, presidente da Cotrijal, que tem estado à frente do movimento que quer o aumento do imposto dos gaúchos, negou que as entidades tenham sido chantageadas pelo governo. Segundo Manica, elas tiveram a iniciativa de procurar o governo para propor o aumento de impostos em troca de manter os incentivos fiscais.