qui, 25 de julho de 2024

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Produtores seguem com dificuldade na comercialização da lã na fronteira

Mesmo com todo o processo de certificação e melhoria na coleta do produto, os ovinocultores da região não estão conseguindo colocação no mercado

A diminuição nos rebanhos, a falta de mão de obra qualificada, os altos custos de produção como a utilização de medicamentos veterinários, mas principalmente a competição com os tecidos sintéticos, têm tornado a atividade da ovinocultura de lã bastante onerosa para os produtores. A velha máxima de que a safra de lã pagava todos os custos da propriedade ficou no passado, nos chamados “anos de ouro” da ovinocultura. Hoje em dia, a colheita da lã, em alguns casos não têm conseguido nem pagar o custo da tosquia, atividade necessária para o desenvolvimento dos rebanhos.
E o que fazer então, nestes casos? Algumas alternativas encontradas pelos produtores, que ainda acreditam e continuam na atividade, é o investimento de genética afinadora buscando animais que apresentem uma lã abaixo dos 22 micras, ou então melhoria na colheita (retirada da lã) dentro da proposta de certificação com a utilização do método de tosquia australiana chamada tally-hi, que é mais rápida em comparação à técnica tradicional na qual o animal precisa ser amarrado, além de ser mais confortável para os animais, a técnica diminui ainda os ferimentos.

José Ricardo Cademartori Souza, Cabanha Topador – Sarandi /Sant’Ana do Livramento -RS

O procedimento permite identificar as partes de qualidade superior que são vendidas a um preço maior.As partes que ficam em contato com a urina e fezes, por exemplo, são chamadas de ponta queimada e são separadas das partes melhores. Mesmo com todo o cuidado e com o trabalho de certificação, ainda existem produtores rurais em Livramento que não conseguiram colocar no mercado o produto que segue estocado em galpões, esperando uma melhor proposta de remuneração, como é o caso da Cabanha Topador que possui tradição na criação de ovelhas da raça Ideal. Segundo o administrador e responsável pelo rebanho na propriedade, José Ricardo Cademartori Souza, atualmente a cabanha tem 5 toneladas de lã estocadas. “Infelizmente não conseguimos vender. Fizemos todo o processo de certificação, assim como a tosquia tally-hi, e mandamos as amostras para análise. O resultado saiu, e a nossa lã, da raça Ideal, registrou 22 micras. O que é um resultado muito bom, é considerada lã fina. No ano passado, nós vendemos a R$ 15, o quilo, e neste ano nos ofereceram R$ 12. Praticamente o mesmo valor da esquila. Estamos aguardando para ver se melhora”, disse.
Proprietário da Estância da Encerra, o produtor rural Licurgo Guerra Neto, se dedica há mais de 40 anos à atividade rural, e diz nunca ter passado por um período de baixa tão grande na questão da ovinocultura de lã.

Licurgo Guerra Neto, proprietário da Estância da Encerra

Atualmente, o produtor tem 3 mil quilos estocados no galpão. “Não conseguimos vender, me ofereceram R$ 6, o quilo, sendo que nós pagamos R$ 12 pela esquila tally-hi, com análise de micronagem que teve como resultado uma lã da raça Ideal de 23 micras. Há três anos vendi essa mesma lã por R$ 24, o quilo; há dois anos vendemos a R$20 e em 2023 nós comercializamos por R$16. Pergunto: desse jeito, aonde o produtor vai parar? Quais das nossas contas diminuíram? Nenhuma. Tivemos aumento da gasolina, aumento de custos com empregados, alimentos e uma série de outros. Desse jeito o produtor que trabalha com lã vai descapitalizando, porque nós passamos o ano todo trabalhando com as ovelhas, banhando, dosificando, dando remédio e os produtos veterinários nenhum deles baixou, e o nosso produto que temos para vender, para pagar os nossos custos só cai de preço!”, argumentou o pecuarista.

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