Na manhã dessa sexta-feira (05), o vereador Rafael de Castro (PSB) esteve reunido com a delegada titular da 1ª DP, Giovana Müller, para denunciar pessoalmente comentários racistas em uma publicação veiculada nas redes sociais do Jornal A Plateia, referente ao projeto de lei de sua autoria, que propõe incentivar o empreendedorismo negro em Sant’Ana do Livramento.
Em um vídeo divulgado em suas redes sociais, Rafael relatou que já havia registrado uma ocorrência virtual na Polícia Civil, mas entendeu necessária a conversa com a delegada. “Já havíamos feito essa ocorrência de forma virtual, mas vim falar com a delegada de como vai ser os próximos encaminhamentos e ela me assegurou que será investigado, e essas pessoas serão responsabilizadas na medida da lei, racismo é crime e nós não deixaremos isso passar barato”, relatou.
O projeto de lei que foi protocolado na terça-feira (02), institui a Política Municipal de Fomento ao Empreendedorismo Negro no município tem por finalidade criar condições para aumentar a inclusão, a produtividade e o desenvolvimento sustentável de empreendimentos liderados por pessoas negras, na geração de trabalho, emprego e renda, por meio de processo socialmente justo, economicamente viável e ambientalmente sustentável.
“No sentido de identificar oportunidades, solucionar problemas, agregar valores e contribuir para uma sociedade mais justa, igualitária e inovadora, propomos Projeto de Lei que pretende instituir a Política Municipal de Fomento ao Empreendedorismo Negro e dá outras providências”, justificou o vereador.
Também na mesma manhã, o Grupo República Negra emitiu uma nota de repúdio sobre o assunto. O documento assinado pela presidente da entidade, Ana Rita Martins, torna público o repúdio aos ataques e manifestações racistas nos comentários da matéria veiculada com informações do projeto.
No documento, o movimento negro reitera “que não há mais espaço na sociedade brasileira para este tipo de comportamento e o República Negra não medirá esforços para fazer coom que a lei seja ciumprida e seus implicados penaizados”. A nota ainda faz referência ao fim da escravidão, relembrando que “ao se libertar da escravidão, o povo negro foi jogado na marginalidade sem acesso a emprego formal, educação ou qualquer tipo de assistencia, diferentemente dos imigrantes europeus, que apesar das condições adversas tiveram acesso à politicas públicas”.
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