É cada vez mais preocupante o crescimento dos números de assassinatos na “Fronteira da Paz”, formada por Santana do Livramento e Rivera. Por mais que se tente “normalizar” os homicídios como sendo resultados de envolvimento na cada vez mais presente ação do submundo no cotidiano social, não se pode ignorar os riscos que essa prática traz para a rotina comunitária como um todo. São jovens, filhos dos nossos vizinhos, amigos dos nossos filhos (quando não eles próprios) sendo mortos de maneira brutal pela ação das facções criminosas que ignoram as regras sociais e teimam em quebrar nossa rotina interiorana. Infelizmente, após poucas horas de estupefação ou mesmo de indignação, tais crimes caem no esquecimento. Viram números. Pior: estão virando rotina – a nova rotina. Como se fossem os distantes crimes que se vê nos noticiários da TV e não a assustadora ação ocorrida na esquina de nossa casa, no bairro vizinho, no centro de nossa cidade… A brutalidade da violência e a “normalização” do irreversível, da morte do guri do vizinho, da distribuição de tiros a torto e direito, enfim, não podem simplesmente tornarem-se coisas comuns no nosso dia a dia. Até porque, com tantos projéteis voando por aí, nenhum de nós está seguro. A Fronteira da Paz está na mira do crime. O alvo pode ser qualquer cidadão – não somente quem esteja, supostamente, envolvido na atividade do submundo.
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