O desenvolvimento pelas estradas de via simples, contraditório, mas real

A notícia da chegada de diversos equipamentos do novo parque eólico de Sant’Ana do Livramento repercute na comunidade santanense desde sexta-feira (20). Com o anúncio, várias reflexões são possíveis: a primeira delas é “que bom que mais investimentos estão sendo feitos na nossa região”, isso é salutar e, principalmente, é a prova de que todo o esforço feito para que o primeiro Parque Eólico do município viesse para esta cidade deu certo. A campanha, à época liderada pelo Jornal A Plateia, mostrou a importância que tem a região dos Cerros Verdes para a produção sustentável de energia no Brasil; a segunda reflexão – tão necessária quanto a primeira – mostra que, embora se tenha bons resultados econômicos que haja na construção de um parque como o Coxilha Negra, os gaúchos não conseguiram avançar em uma demanda importante e antiga da região: a duplicação da BR 290. Ora, um grande empreendimento terá que utilizar milhões em recursos para escoltar os equipamentos necessários para a construção dos novos aerogeradores. Talvez ainda houvesse essa necessidade em caso de uma duplicação, mas certamente seria menor se houvesse uma rodovia maior e mais segura para a comunidade da metade sul do Estado. Tomara que haja o engajamento de cobrar esse sonho que parece tão utópico para a sociedade da fronteira do estado.