Na quinta-feira (28), a reportagem do Jornal A Plateia esteve acompanhando uma missão do RestaurAPA na Estância do Umbu, pertencente à família Rodrigues, localizada a 32 km da cidade entre as regiões dos Cerros Verdes e Rincão Bonito.
O projeto é financiado pelo Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF), no âmbito do Projeto Estratégias de Conservação, Restauração e Manejo para a biodiversidade da Caatinga, Pampa e Pantanal (GEF Terrestre), que é coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA) e tem o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) como agência implementadora e o Fundo Brasileiro para a Biodiversidade – FUNBIO como agência executora, o RestaurAPA é implementado pela Universidade La Salle (UniLaSalle), em parceria com a Emater/RS e a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
Em Sant’Ana do Livramento, o projeto atende 10 propriedades rurais, onde foram implantados, junto com os produtores, novas técnicas de manejo de
A planta invasora, de origem africana, foi introduzida no Rio Grande do Sul na década de 1950 e se espalhou pelo estado, ocasionando prejuízos à biodiversidade nativa e à produção pecuária sustentável. O capim-annoni possui características como alta produção de sementes e persistência de sementes no solo por longos períodos. Além disso, características como a baixa palatabilidade, baixo potencial nutritivo para o gado e alto teor de fibras, podendo inclusive desgastar a dentição do rebanho e prejudicar a alimentação dos animais, resultam no baixo consumo da espécie, o que
Segundo a bióloga e uma das técnicas do projeto Mariana Vieira, representante da Universidade La Salle, ao todo são 20 propriedades contempladas entre os municípios de Rosário do Sul, Alegrete e Quaraí, sendo a maioria em Livramento. “Nós temos diferentes formas de lidar com essas áreas degradadas onde são aplicadas um conjunto de técnicas, como diferimento, pastoreio rotativo, controle químico e mecânico, sobre semeadura de espécies hibernais. Onde o projeto é acompanhado com o monitoramento da vegetação para quantificar os resultados para ver aquilo que nós conseguimos reduzir nessas áreas de campo invadido e aumentar a vegetação nativa”, diz.
Mariana destaca ainda que o RestaurAPA está servindo como um verdadeiro laboratório a céu aberto e que a ideia é que os produtores continuem com esta proposta após o encerramento do projeto. “Nós queremos isso. Que essa semente fique plantada e que outros produtores que querem se somar a este tipo de pecuária sustentável também utilizem esses métodos”, disse .
O produtor rural e veterinário Leandro Rodrigues, sócio proprietário da Estância do Umbu, destaca que nestes dois anos em que os métodos foram aplicados na propriedade houve, não só uma