Porto Alegre tem ato em defesa das escolas cívico-militares
Evento reuniu políticos, diretores, professores, servidores de escola, pais e alunos de instituições de ensino que adotaram modelo de ensino.
Um ato político em defesa das escolas cívico-militares foi realizado neste sábado (15), em Porto Alegre. O evento reuniu cerca de 300 pessoas no Plenarinho da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul. A mobilização é uma reação à decisão do governo federal de encerrar o Programa Federal das Escolas Cívico-Militares (PECIM).
Promovido pelo deputado federal Zucco (Republicanos-RS), o ato reuniu políticos, educadores, pais e estudantes daquelas instituições que aderiram a este modelo de ensino. “A sociedade gaúcha atendeu a nossa convocação e veio em peso dizer sim a um programa que possui uma nova concepção pedagógica que revolucionou o ambiente escolar de dezenas de estabelecimentos de ensino”, pontuou Zucco.
O parlamentar é autor da Lei Estadual 15.401/2019, que criou o modelo gaúcho de escola cívico-militar, cuja adesão se dá por meio de consulta pública junto à comunidade escolar e utiliza policiais militares da reserva como monitores. “Os resultados alcançados são fantásticos e as comunidades estão extremamente satisfeitas”.
“As demandas por novas escolas no modelo cívico-militar não param de crescer. Tivemos vários depoimentos neste sentido durante o evento. A esquerda não admite por questões ideológicas e puro revanchismo”, criticou o deputado.
No Rio Grande do Sul, jamais houve uma comunidade que tenha rejeitado o modelo. Em média, essas consultas têm a aprovação de 90% dos votantes. Os relatos dos prefeitos e diretores são de que, em menos de três meses, a realidade dessas escolas começa a ser transformada. Atualmente, são 58 escolas municipais cívico-militares implementadas com base na Lei 15.401/2019.
A decisão do governo Lula pegou muito mal junto aos governadores, sejam eles de partidos aliados ou de oposição. No Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB) garantiu que vai manter e ampliar as escolas cívico-militares. O governador de São Paulo, Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos) já sinalizou que não vai seguir a decisão do MEC. Ratinho Jr. (PSD) e Cláudio Castro (PL) também disseram que vão manter o sistema no Paraná e Rio de Janeiro, respectivamente. O governador gaúcho, Eduardo Leite, manifestou o mesmo desejo e garantiu que o estado vai assumir as escolas que optaram pelo modelo federal., totalizando 23 escolas, sendo 10 delas municipais e 13 estaduais.
“É como diz o ditado: em time que está ganhando não se mexe. Não tenho dúvidas que a maioria das unidades da federação seguirá este mesmo caminho”, destacou Zucco.
De acordo com relatório produzido pelo Ministério da Educação em dezembro de 2022, naquelas unidades educacionais onde o modelo cívico-militar foi implementado houve a redução de 82% da violência física, queda de 75% da violência verbal, diminuição de 82% da violência patrimonial, redução de 80% da evasão e abandono escolar e uma elevação de 85% no nível de satisfação global com o ambiente escolar. “Além disso, tivemos a aprovação de alunos em universidades públicas pela primeira vez na história dessas unidades. Lula quer castigar milhares de famílias em vulnerabilidade social, a quem o programa é dedicado, que um dia sonharam com um futuro melhor para seus filhos. Nós não vamos deixar que isto aconteça”, finalizou Zucco.
O ato pró-escolas cívico-militares contou com a presença do prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo, seu vice Ricardo Gomes, das vereadoras Mônica Leal e Comandante Nádia, além dos deputados estaduais Gustavo Victorino, Capitão Martim e Delegado Zucco, entre outras autoridades.
Confira o evento na íntegra: https://www.youtube.com/live/hUEME_0wE2k?feature=share