No meio político repercutiu com força, nessa semana, a informação sobre os R$ 21 milhões de recursos da Saúde que estão no caixa do Fundo Municipal. A informação consta em um relatório
do Conselho Municipal de Saúde e foi publicada na edição passada do Jornal A Plateia. Desde então, a Reportagem tem recebido inúmeras demandas da pasta. Uma delas vem de um familiar de usuário do serviço de transporte da Secretaria de Saúde, que faz um relato sobre a precariedade do serviço prestado pela administração municipal, inclusive que os veículos sequer contam com ar condicionado. A partir dessas informações, o vereador Aquiles Pires (PT), que vem fazendo uma série de questionamentos e, nessa semana, foi fiscalizar os veículos que são utilizados no transporte, se surpreendeu com o que viu e ouviu. Aquiles destacou que recebeu um relatório feito por um engenheiro da Prefeitura que afirma que 73,3% da frota é inservível para o funcionamento. “Veículos sucateados, sem amparo algum e servidores abandonados fazendo o possível para o serviço não parar. Disseram para os funcionários que havia quatro centavos para
consertar carros. […] Eles têm que fazer vaquinha para ter recursos para consertar os carros, isso é surreal, tendo em vista que há um recurso acumulado no último bimestre do ano passado”, afirmou o petista se referindo aos R$ 21 milhões no Fundo de Saúde. Na sequência Aquiles fez cobranças: “Esse fato da Saúde ter um bom recurso para ser investido, nós estamos cobrando do Executivo para que haja esse investimento. Quatro ambulâncias que circulam não têm ar condicionado, com todo esse calor é um desrespeito com os profissionais e com a população”, complementou.
CONTRAPONTO
Procurada, a secretária de Saúde, Ana Paula Riefel Vieira, não quis gravar entrevista. Disse que se manifestaria na próxima segunda-feira (20). O vice-prefeito Evandro Gutebier (Republicanos) falou na rádio RCC FM sobre o assunto. Disse que os vereadores também precisam contabilizar os restos a pagar da secretaria que, só em judicializações, conta com R$ 5 milhões. “Nós recebemos todos os meses verba do governo federal e estadual e demoramos 100 dias para fazer uma licitação. Exemplo: nós temos 18 carros comprados, já licitados, e parte deles vão para a Saúde; um contrato de locação para veículos; e também temos as empresas terceirizadas. Nós temos mais R$ 30 milhões que já saíram da secretaria para a licitação”, afirmou. Sobre a falta de ar condicionado nos veículos e ambulâncias, o vice-prefeito diz entender a necessidade de conforto aos pacientes. “Inclusive, esse é o desejo do Executivo Municipal”, frisando que está em caminho o processo de
aluguel de novos carros.
