Na última sexta-feira (27), completou 10 anos do incêndio na boate Kiss, em Santa Maria. Foram 242 vidas perdidas e outras tantas dolorosamente fatigadas pela dor, nesta que foi uma das maiores tragédias da história brasileira. No luto silencioso ou na luta fervorosa, transitam inúmeros e intraduzíveis sentimentos que extrapolam uma estranha sensação de pertencimento a um fato que une a todos, seja pela lembrança, indignação ou pela pergunta trazida à tona nas manifestações que marcam uma década do fato: “Onde você estava no dia 27 de janeiro de 2013?”. Sendo impossível passar ao largo deste questionamento, a reconstrução perene da memória em torno das mobilizações de familiares das vítimas, amigos e sobreviventes nos faz lembrar que nunca mais fomos os mesmos depois daquela noite. Portanto, não há espaço para o esquecimento, se o sofrimento é coletivo. Não há lugar para a acomodação, se não há justiça. Para que não se repita, é necessário lembrar que, um dia, aconteceu. O respeito à dor do outro é remédio, ainda que paliativo, para a nossa própria dor

Casos de dengue aumentam em Sant’Ana do Livramento
Três casos foram confirmados na última semana; autoridades reforçam cuidados com sintomas e prevenção contra o mosquito transmissor.