A Cabanha M Lanera, de propriedade de Zeca e Sônia Silveira, realizou, na última quinta-feira (06), um Dia de Campo voltado à discussão da produção de lã fina de alta qualidade. O evento contou com a participação de produtores rurais, técnicos, empresas ligadas ao setor de lãs e também com o presidente da Associação Brasileira de Criadores de Ovinos, Edmundo Gressler, o técnico da Associação Brasileira de Criadores de Ovinos (ARCO), Sérgio Munhoz, o presidente da Cooperativa de Lã, Tejupá Galdino Dias além de representantes do (SUL) Secretariado Uruguaio da Lã.
A propriedade rural santanense vem se dedicando, desde o ano de 2002, à produção de lãs finas de alta qualidade com o advento da exportação de animais do Uruguai, onde está a genética da raça Merino Australiano, que possibilitou M Lanera obter excelentes resultados no nível do país e hoje obter uma das lãs mais finas do Brasil.
“A Cabanha M Lanera surgiu em 2002, com uma parte de rebanho da raça Merino Australiano, que eu recebi, e partir daí nós passamos a investir em genética e em micronagem. Conhecemos a cabanha Los Arrayanes, de Alfredo e Álvaro Fros, e nos encantou o trabalho que eles desenvolvem no Uruguai. Eles estavam dentro de um programa de Merino fino com base na análise de micronagem. E tudo isso nos encantou, a gente quis fazer na M Lanera este mesmo tipo de trabalho que eles estavam desenvolvendo. Passamos a fazer a micronagem do rebanho, a utilizar a esquila tally hi e, a partir de então, nós fizemos a seleção do nosso rebanho. Hoje atingimos uma produção de lã de 3.500 quilos de lã fina, a média do nosso rebanho está em 17.4 micra e rendimento de 78% ao lavado”, diz Sônia.
Durante o encontro na propriedade, os participantes puderam acompanhar de perto a esquila, cujo manejo utilizado foi o da tosquia australiana tally-hi, a ovelha não é amarrada gerando assim bem-estar aos animais. Pois, com a ovelha solta, ela não passa por stress na hora da tosquia. Já na parte técnica foram apresentados os carneiros que são pais da cabanha e reprodutores. Hoje, praticamente 20 anos após o início da cabanha, o produtor Zeca Silveira se diz muito satisfeito com o resultado do seu trabalho em conjunto com a sua família. “Quando nós iniciamos, eu segui um conselho muito importante de um amigo, que era para buscar afinar cada vez mais a lã do nosso rebanho. Naquela época, nós acreditamos nisso e eu e a Sônia entramos para o Uruguai para aprender todo o processo de como era na prática afinar a lã do Merino. E hoje, com o passar desse tempo, nós estamos colhendo os resultados”.
A propriedade trabalha visando o mercado uruguaio, mas também já está em conversação com a indústria do Brasil. “Na verdade, quando nós conhecemos o método de produção do Uruguai, aqui no Brasil, nem se falava em micronagem e analisar a lã. Foi tudo muito pioneiro, a partir daí começamos a investir no nosso rebanho buscando produzir um produto de valor agregado para um mercado diferenciado” ,comenta Sônia.
Para o inspetor técnico da ARCO e responsável pelo programa de Certificação da Lã Gaúcha, Sérgio Muñoz, os produtores do estado deveriam seguir o mesmo exemplo do país vizinho. “Eu sempre me perguntei porque as nossas boas lãs do Rio Grande do Sul , valem cerca de 30% das boas lãs uruguaias? E a resposta está aí, na maneira como todo o processo é feito, começando, é claro, com uma boa colheita de lã e melhoramento na genética. Nós queremos trazer esses exemplos para aplicar em outras propriedades aqui no Brasil”, destaca.
Já o presidente da Associação Brasileira de Ovinos disse ter ficado muito satisfeito com o que viu. “O Zeca e a Sônia são um excelente exemplo para todos os produtores de lã, que com o manejo adequado investimento em genética de qualidade, e principalmente com muito trabalho é possível fazer uma ovinocultura rentável e de resultados”, encerrou Edmundo Gressler.


Deputado Federal Luciano Zucco (PL-RS) -Janja e a fome
Janja continua agindo como se fosse o Chefe de Estado brasileiro, e vai representar o Brasil no exterior como se não tivéssemos uma Constituição. O roteiro agora é pela Itália, onde a primeira-dama pretende discutir a fome no mundo. Chega a ser irônico: gasta em hotéis de luxo e come nos melhores restaurantes, tudo de forma sigilosa. Quantas crianças poderiam