qui, 4 de setembro de 2025

Variedades Digital | 30 e 31.08.25

Santanense encontra bolsa com 4 mil reais na rua e devolve à proprietária

“Pensei no exemplo que busco dar aos meus filhos”, destacou Emerson

Embora incomum nos dias atuais, uma atitude exemplar fez com que um santanense ganhasse destaque nessa semana e se tornasse inspiração para muitas pessoas. Emerson Pereira, gerente de um estabelecimento comercial de Sant’Ana do Livramento, encontrou uma bolsa em uma rua da cidade de Rivera e decidiu levá-la para sua casa, na intenção de buscar identificar algum sinal que indicasse a quem pertencia. Ao abrir o acessório, o que encontrou em seu interior lhe causou espanto: aproximadamente 4 mil reais em espécie.
Neste momento, Emerson deu início a uma série de tentativas de localizar a proprietária, a partir de documentos encontrados junto do dinheiro, como explicou ao Jornal A Plateia. “A partir do nome presente em uma CNH, tentei localizar a pessoa nas redes sociais, mas não encontrei. Com as poucas informações que tinha, identifiquei ela como sendo uma possível funcionária de um banco, mas também não consegui contato com nenhum funcionário naquele momento”, explicou. “Pensando”, como ele afirma, “no exemplo que busco dar aos meus filhos, funcionários e nos ensinamentos da minha mãe”, Emerson se dirigiu à Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA), a fim de contatar a dona da bolsa a partir de um possível boletim de ocorrência.
“Para minha surpresa, a dona estava lá, justamente para fazer o boletim de ocorrência. Quando me apresentei com a bolsa ela riu, pois não tinha mais esperança de encontrar o dinheiro”, conta. Além da família e de colegas de trabalho, ele busca inspiração na organização coletiva da qual faz parte para propagar boas ações. Emerson faz parte do Grupo de Negros e Negras da Fronteira que promove ações de combate ao racismo e de integração entre a comunidade negra de Livramento e Rivera. Embora ainda esteja assimilando a grande repercussão de seu ato, ele compreende a grandeza do gesto e a razão pela qual, em nenhum momento, pensou em ficar com o dinheiro. “Procurei fazer o bem, porque o bem volta”, diz, com a tranquilidade de quem sabe que fez a coisa certa.

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