Aliar a recuperação da fauna e flora de áreas do Pampa Gaúcho com uma maior rentabilidade para a atividade pecuária é o desafio do projeto RestaurAPA. Ao todo, 1.931 hectares pertencentes aos produtores rurais da região sofrerão intervenções para que o campo nativo seja restaurado, com foco no combate ao capim-annoni, e a partir de um manejo que também resulte em ganhos para os produtores.
O projeto é financiado pelo Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF), por meio do Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (FUNBIO), a iniciativa é conduzida por técnicos e pesquisadores da Universidade La Salle, em parceria com equipes da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e Emater-RS.
A expectativa é de que os R$ 3, 142 milhões em recursos federais gerem resultados ambientais e econômicos na área, servindo como modelo para a recuperação de outras áreas degradadas nos 318 mil hectares da APA, entre os municípios de Alegrete, Quaraí, Rosário do Sul, Sant’Ana do Livramento e outras regiões do Pampa em estado de degradação.
Uma das maiores ameaças para a fauna e flora nativas é o capim-annoni, uma planta invasora de origem africana que foi introduzida no Rio Grande do Sul na década de 1950 e se espalhou pelo estado, ocasionando prejuízos à biodiversidade nativa e à produção pecuária sustentável.
O capim-annoni possui alta produção de sementes e persistência no solo por longos períodos. Além dessas características, tem baixo potencial nutritivo para o gado e alto teor de fibras, podendo inclusive desgastar a dentição do rebanho e prejudicar a alimentação dos animais, resultando no baixo consumo da espécie, o que favorece a permanência deste no ambiente e aumenta o poder de invasão.
Ao todo o RestaurAPA envolve 20 propriedades com áreas destinadas ao projeto que variam entre 22 a 260 hectares cada, localizadas nos quatro municípios abrangidos pela APA do Ibirapuitã. Essas propriedades servirão como Unidades de Referência de manejo para outras propriedades da região.
Sobre o Projeto
O manejo a ser desenvolvido em cada propriedade poderá variar de acordo com o grau de infestação pelo capim-annoni, bem como características particulares de cada campo ou família.
Boa parte dos recursos será aplicada na compra de máquinas, implementos agrícolas, cercas e insumos para a implantação do pastejo rotativo, técnica na qual se divide o campo em um número maior de piquetes, deixando uma alta carga animal onde o pasto está alto e as demais áreas em repouso. Entre as estratégias para recuperar o campo nativo estão o pastoreio rotativo, diferimento, adubação e correção do solo, utilização de pastagens de inverno semeadas a lanço.
A Emater é responsável pelo relacionamento com os produtores e prestação do serviço de assistência, já a Unilasalle, além de ser a instituição responsável pelo gerenciamento do projeto, atuará no monitoramento ecológico e na construção de alternativas técnicas de conservação das áreas.
A UFRGS atuará no monitoramento da vegetação e nos trabalhos de restauração. Um dos grandes triunfos do projeto é unir a extensão rural e a pesquisa, com benefícios tanto aos produtores quanto para o desenvolvimento científico e de soluções técnicas.


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