As ações asiáticas fecharam mais uma vez em alta, enquanto os futuros em Wall Street operam em compasso de espera, muito próximos da estabilidade, juntamente aos recém abertos mercados da Europa neste início de terça-feira, com os investidores no aguardo da divulgação do índice de preços ao consumidor americano (junho) e a temporada de balanços corporativos do segundo trimestre de alguns dos maiores bancos do mundo.
O indicador MSCI das ações asiáticas subiu pelo segundo dia. Hong Kong foi o destaque da sessão com a alta das ações de tecnologia chinesa após a aprovação do governo de um acordo da Tencent Holdings Ltd. aliviar as preocupações sobre uma regulamentação mais rígida.
Os futuros do S&P 500 caíram levemente e os do Nasdaq 100 pouco mudaram, depois que os índices subjacentes fecharam novamente em níveis recordes. O JPMorgan Chase & Co. e o Goldman Sachs Group Inc. apresentam seus números nesta terça-feira, juntamente com a Pepsico Inc., dando aos investidores a oportunidade de avaliar se os lucros são condizentes com as máximas históricas verificadas em diversos ativos da bolsa americana.
Na Europa, as ações da área de saúde ajudam a segurar o índice Stoxx Europe 600 que opera em leve baixa. A Nokia OYJ lidera os ganhos para as empresas de telecomunicações depois de informar que aumentará sua projeção para o restante do ano. Os bancos são o destaque de alta, liderados por credores do Reino Unido, incluindo HSBC Holdings Plc, Barclays Plc e Natwest Group Plc, depois que o Banco da Inglaterra removeu as restrições aos dividendos.
As expectativas por uma temporada de lucros sólidos estão apoiando a recuperação das ações, à medida que os investidores ponderam como os bancos centrais irão desfazer o suporte que está impulsionando a recuperação econômica. Ainda assim, as pressões inflacionárias continuam sendo uma preocupação, assim como a disseminação da variante delta e uma desaceleração nas taxas de vacinação.
O petróleo subiu pela terceira vez em quatro dias, enquanto os investidores lidam com as implicações do ressurgimento da Covid-19 em várias regiões e da desaceleração do crescimento econômico na China, o que pode afetar a demanda pela commoditie.
Por aqui, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, convidou o presidente Jair Bolsonaro para uma reunião realizada na tarde desta segunda-feira, 12, no Salão Branco da Corte, onde os dois trataram de remediar a relação de crise entre os Poderes. Fux pediu que Bolsonaro ‘respeitasse os limites da Constituição’. Segundo apurou o Estadão, o presidente teria se comprometido a moderar os ataques aos ministros do STF e TSE.
“Convidei o presidente da República para uma conversa, diante dos últimos acontecimentos, onde nós debatemos o quão importante é para a democracia brasileira é o respeito às instituições e os limites impostos pela Constituição Federal”, disse Fux à imprensa. Segundo o magistrado, Bolsonaro recorreu a uma fábula evangélica sobre perdão para demonstrar que entendeu o movimento de Fux em busca de estancar a crise.
O encontro, porém, não esgotou as tratativas de conciliação. Fux afirmou que uma nova reunião será realizada para tratar da relação institucional. O novo encontro, ainda sem data definida, contará com a presença do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG). O presidente do STF disse que a nova conversa tratará da tentativa de “fixar balizas sólidas para a democracia brasileira, tendo em vista a instabilidade do nosso regime político”.