seg, 28 de abril de 2025

Variedades Digital | 26 e 27.04.25

Assistente social conta como descobriu que mãe doaria sua filha recém-nascida

“Eu achei estranha a atitude da acompanhante”, relata a profissional. As duas mulheres foram presas em flagrante
(Foto: Marcelo Pinto/AP )

A assistente social Marta Roncai contou os bastidores de como descobriu que uma mulher estava doando o seu filho recém-nascido à acompanhante dela no hospital Santa Casa de Misericórdia, nessa semana. Na tarde de quarta-feira (05), a Polícia Civil prendeu as duas mulheres por remessa da criança ao exterior.
Marta foi comunicada pelo plantão da maternidade dos desejos da mãe de não amamentar a criança por não querer nenhum vínculo com ele, também de não registrar o bebê recém-nascido. Ao ser questionada sobre o fato, ela respondeu que o registro seria feito pelo pai, supostamente um caminhoneiro uruguaio, que não estaria na cidade naquele momento e iria ao hospital assim que chegasse.
“Eu achei estranha a atitude da acompanhante, uma mulher uruguaia que me deu o documento do suposto pai da criança e que a mãe sempre conversava olhando para a mulher que estava no quarto com ela, com receio ou até mesmo parecendo intimidada”, contou.
Ao constatar a conduta suspeita das duas mulheres, Marta prontamente acionou o Conselho Tutelar que conversou com a mãe para convencê-la a registar a criança. Mesmo assim, a mãe reafirmou que o pai a levaria assim que recebesse alta.
Marta Roncai acionou a Policia de Rivera para conferir os dados do pai e da acompanhante. A assistente social registrou um boletim de ocorrência e comunicou à Brigada Militar. A delegada Giovana Müller, foi até o hospital e constatou a prática do crime. As mulheres foram presas em flagrante.
De acordo com a delegada, a mãe não queria a criança e desde o início da gravidez teria feito esse acordo. Inclusive, o enxoval e a gestação teriam sido custeados pela uruguaia, o que caracteriza o interesse em ficar com a criança.
Aa duas mulheres não quiseram prestar depoimento. A Polícia deve pedir quebra de sigilo telefônico para verificar se existem mensagens que liguem o caso com a entrega da criança. Elas foram levadas para a Penitenciária Estadual de Livramento. A pena para este tipo de crime, inafiançável, é de quatro a seis anos de reclusão. “É um caso que surpreende e gera uma revolta e uma comoção. Devido a fragilidade da situação, essa mãe aceitou pelas vias ilegais, doar o seu filho. Por se tratar de uma fronteira entre dois países, esta prática se enquadra no crime de remessa de crianças para o exterior”, explicou Müller.

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