Durante a manhã de quinta-feira (25), os funcionários demitidos da Santa Casa no início da semana, iniciaram a montagem de um acampamento na Praça General Osório, em frente ao Palácio Moysés Vianna, sede do Executivo Municipal. Os funcionários fizeram um espaço com fogão, geladeira e barracas.
O presidente do SindSaúde, Silvio Madruga, ressaltou que já informou seus familiares de que estará 24 horas nesse acampamento aguardando a solução das pendências referente aos salários atrasados e as multas rescisórias. Ele ressalta que está aguardando a chegada da prefeita, que está em compromissos de agenda, para buscar um diálogo. Será realizado um sistema de turnos, onde os funcionários demitidos irão se revezar na manutenção do espaço.
“O hospital só está aberto por causa dos funcionários, muitos foram demitidos. Se continuar essas demissões, teremos colaboradores suficientes para a que a Santa Casa permaneça de portas abertas? Vemos hospitais da região contratando servidores para evitar uma sobrecarga com poucos funcionários e Livramento está indo na contramão”, destaca Madruga.
PREJUÍZO DE R$ 4,8 MI EM 2020
Durante a tarde de sexta-feira (26), a prefeita Ana Tarouco realizou uma apresentação de números da Santa Casa, onde trouxe a público alguns balanços e o déficit de quase cinco milhões de reais. Em 2020, a Santa Casa teve uma receita de R$ 23.197.443,48. Entretanto, as despesas superaram esse valor e fechou o ano em R$29.997.417,00, gerando o déficit de R$4.799.973,52.
Em relação aos pagamentos dos funcionários dos demitidos, a prefeita destacou que será necessária uma reunião com todos os ex-colaboradores para solucionar o assunto: “Existem funcionários que aguardam por vários anos uma situação, seria injusto de nossa parte priorizar os demitidos recentemente e sem esquecer dos que estão na fila para receber. Precisaremos realizar uma reunião para debater este ponto e encontrarmos uma solução para este impasse”, afirmou a prefeita.