sáb, 9 de novembro de 2024

Variedades Digital | 09 e 10.11.24

Falta de fiscal veterinário no Porto Seco pode causar prejuízo a Livramento

Com a falta do profissional, o município deixa de arrecadar valores importantes e até doses da vacina contra COVID-19 estão ameaçadas
Sem o profissional no porto, diversas cargas, inclusive o primeiro lote da vacina contra a Covid-19, produzida pelo laboratório AstraZeneca, estão com as operações logísticas comprometidas. (Foto: Marcelo Pinto/AP )

Desde o dia 30 de novembro, Sant’Ana do Livramento deixou de contar com o trabalho de um médico veterinário junto ao Porto Seco. Isso porque o profissional, que desempenhava a função até o momento, se aposentou. Agora, todos os esforços estão concentrados em garantir que outra pessoa seja encaminhada para ocupar o cargo o mais rápido possível, pois a ausência do médico acarreta em diversos entraves e impacta diretamente na arrecadação do município.
Como explica o Gestor de Operações da concessionária responsável pelo Porto Seco de Livramento, Roberto Gomes. “Essa é uma demanda que a gente sabia que ia ter problemas há, pelo menos, três meses, então a gente tentou por vários meios conseguir um veterinário para Sant’Ana do Livramento e até agora não se realizou. […] A gente já teve que dizer para o cliente que Livramento não pode mais atender justamente por não ter veterinário na Fronteira. Então, já começou o problema de migração de clientes para outros lugares”.
O papel do veterinário é fiscalizar a entrada e a saída de cargas e produtos de origem animal e diversos gêneros alimentícios. A cada entrada e saída de mercadorias, o município arrecada valores importantes em impostos. Com a deficiência do Porto Seco santanense, alguns procedimentos estão sendo feitos por veterinários de cidades vizinhas, como Uruguaiana, por exemplo, e a documentação encaminhada de forma online. Entretanto, países como o Uruguai só autorizam a entrada ou a saída de determinados produtos com a documentação original impressa.
Além disso, importantes cargas podem deixar de passar pela cidade por conta da falta do profissional. Para que se possa ter uma ideia, o laboratório britânico AstraZeneca planeja enviar as doses da vacina contra a Covid-19, compradas pelo estado de São Paulo, através do porto de Montevidéu e, consequentemente, ingressariam pelo porto seco de Sant’Ana do Livramento rumo à capital paulista. Entretanto, esta operação está ameaçada pois é necessário o aval de um fiscal veterinário.

PROVIDÊNCIAS

O vereador Carlos Nilo (PROGRESSISTAS) protocolou um ofício solicitando à Secretária de Estado do Rio Grande do Sul, Ana Amélia Lemos, auxílio para definir a questão o mais rápido possível. Por sua vez, Ana Amélia disse que trataria a demanda com urgência por entender a importância do tema. Para isso, encaminhou o caso ao Secretário de Defesa Agropecuária, José Guilherme Tollstadius e também aos responsáveis pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). A expectativa é de que o órgão amplie os postos de fiscal veterinário em mais portos, facilitando a vinda de profissionais à fronteira. Em Santa Maria, por exemplo, três médicos veterinários desempenham a função no porto. A concessionária de Livramento entrou em contato com esses profissionais que, por sua vez, já manifestaram interesse em trabalhar no porto santanense, aguardam apenas a posição dos órgãos responsáveis.

 

A importância do turismo

O Grupo A Plateia acompanha e faz a cobertura jornalística, nesta semana, do Festival de Turismo de Gramado, o Festuris. Está sendo muito importante ver a presença de autoridades da nossa Fronteira da Paz presentes, tais como a prefeita de Sant’Ana do Livramento, Ana Tarouco, e o diretor de turismo do Departamento de Rivera – UY, Jean Alves. Temos exemplos

TCE quer casas com identificação numérica

A Direção de Controle e Fiscalização do Tribunal de Contas do Rio Grande do Sul está orientando as Prefeituras e Câmaras de Vereadores de todo o Estado quando à obrigatoriedade da regularização dos cadastros imobiliários para garantir que todos os imóveis possuam número predial. O alerta atende determinação constitucional e está fundamentado em levantamento do IBGE no Censo de 2022.