Sant’Ana do Livramento chegou à décima morte causada pela Covid-19. Embora o número seja consideravelmente baixo, se comparado com cidades da mesma proporção, os casos ativos da doença não baixou de 100 durante toda a semana, aumentando de forma gradativa. Somente de segunda a quinta-feira (10), foram 111 novos casos registrados em testes da Vigilância Sanitária do município.
A preocupação se dá também na região, que enfrenta uma situação um pouco mais complicada que Livramento. Rosário do Sul, por exemplo, passa dos 250 casos. Vinte e duas pessoas precisaram de hospitalização, quatro delas foram levadas para fora do município. Somente nessa semana, a Santa Casa de Livramento internou três rosarienses. “A Saúde de Rosário pediu, não tinha como negar. Eram dois homens e uma mulher. Um casal já teve alta, e o homem que ficou está em estado estável, se recuperando”, disse o secretário municipal de Saúde, Eder Fialho.
PREOCUPAÇÃO
Ao secretário foi questionado sobre a capacidade do sistema de saúde do município. Fialho afirma que o município é mais organizado do que o de Rosário e São Gabriel, por exemplo. “Nossa situação é confortável pelo baixo número de hospitalizações. […] Chegamos a ter sete pacientes na ala covid e dois na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI). No início da pandemia nós tínhamos oito respiradores, agora temos 35. Estamos em uma situação favorável”. Entretanto, o secretário disse que o Executivo não descarta um novo decreto com medidas mais restritivas visando evitar aglomerações. “Que a comunidade seja consciente. […] Nós estamos estudando para divulgar um novo decreto, onde nós iremos dar uma apertada no cerco com relação aos descuidos que a comunidade está tendo. As aglomerações”.
A ideia, segundo o secretário é que, no período conhecido como das festas de fim de ano, a situação esteja um pouco mais controlada. “Nós preferimos apertar nesse momento para que a gente chegue às vésperas do Natal e Ano Novo com uma situação sanitária mais confortável em nossa cidade”. Questionado se o novo decreto traria medidas mais restritivas ao comércio, Fialho negou. “Eu entendo que o comércio nunca foi problema, ao contrário, ele nos ajuda. […] Ele faz com que todas as pessoas usem máscara, usem álcool gel e limpem os pés na solução”.