seg, 10 de fevereiro de 2025

Variedades Digital | 01 e 02.02.25

100 anos, quatro pastéis e cerveja

Gilberto Jasper / [email protected]

Uma das particularidades que mais aprecio na vida de repórter/jornalista é a observar o cotidiano para colher experiências e transformar em crônicas. Isso – admito! – se assemelha às fofoqueiras. Aquelas que antigamente ficavam na janela, olho espichado no movimento do entorno. Sem hesitar, repito que sou um fofoqueiro diplomado e remunerado.
As “marocas da janela” também apuravam o ouvido e com critérios inconfessáveis montavam enredos imaginários. Claro que as estórias costuradas com retalhos visuais e auditivos pouco correspondiam à verdade. Mas que não gosta de um pouco de ficção com pitadas de maldade? E o que vale, na vida, são as versões, não é?
Sábado almocei em um bufê – o Restaurante Borsatto, em Porto Alegre, perto da Avenida Protásio Alves. O dono, meu conterrâneo, falou dos desafios, da dolorosa dispensa de funcionários e do afastamento por saúde de outros.
Ao local convergem vizinhos e clientes – como eu – que vêm somente aos sábados, criando uma confraria com idosos e crianças de colo. Famílias com até três gerações alocam lá. Sábado observei o bate-papo de uma senhora e um rapaz de uns 40 anos. Chamou a atenção quando o homem falou:
– Cuido da minha avó, de Canoas que tem 100 anos, mas com boa saúde e adora jogar canastra! – afirmou, chamando a atenção dos vizinhos de mesa.
A senhora não se conteve:
– Que legal! Além de boa saúde ela conta com o teu carinho.. Isso é muito importante neste momento– afirmou.
Lisonjeado, o neto explicou que o único desconforto era a dificuldade auditiva da avó, obrigando-o a muitas vezes a grita para ser ouvido.
– De resto, ela está muito bem! Para teres uma ideia, ontem de noite fizemos pasteis para a janta. Ela adorou… e comeu quatro… além de tomar sozinha uma garrafa de cerveja. Depois ainda ficou braba com a gente porque não servimos mais! – contou.
Diante da revelação, todos nós – os abelhudos de plantão que ouvíamos o relato discretamente – caímos numa sonora gargalhada, seguida de uma salva de palmas. A pandemia, sem dúvida, tem o lado bom de nos brindar com incríveis revelações!

Deputado Federal Luciano Zucco (PL-RS) -Janja e a fome

Janja continua agindo como se fosse o Chefe de Estado brasileiro, e vai representar o Brasil no exterior como se não tivéssemos uma Constituição. O roteiro agora é pela Itália, onde a primeira-dama pretende discutir a fome no mundo. Chega a ser irônico: gasta em hotéis de luxo e come nos melhores restaurantes, tudo de forma sigilosa. Quantas crianças poderiam