sáb, 26 de abril de 2025

Variedades Digital | 19 e 20.04.25

Cinema x Preconceito

Call Me ByYourName – Me Chame Pelo Seu Nome – 2017 – Luca Guadagnino

O cinema possui uma capacidade enorme de emocionar. Já havia comentado sobre isso. A emoção toma conta de quem assiste o filme, à medida que a história avança e você vai se identificando com os personagens ou a unidade do filme como um todo é capaz de te emocionar. Entendo que não existe o certo e o errado quando se trata de sentir o filme e se emocionar com ele, seja entendendo sua unidade, seja se identificando com a história. Entendo que ambas as situações são válidas, mas gostaria de fazer menção a forma de entender a unidade do filme. Pois muitas vezes vamos nos deparar com histórias que são afastadas da nossa realidade pessoal e, apesar de ser a realidade de outras pessoas, não temos como nos identificar imediatamente com a história. Acredito que isso se torna possível mediante sua sensibilidade.

Carol – 2015 – Todd Haynes

Conforme você assiste filmes e vai aumentando sua sensibilidade ao vê-los, fica mais fácil entender sua unidade, independentemente de se identificar ou não. E por que digo isso? Sinto que nos falta empatia nos dias de hoje. Não nos colocamos na posição do outro. Não fazemos a pergunta: e se fosse comigo? O cinema pode auxiliar nisso, desde que você esteja disposto a sentir empatia pelo próximo. A indústria cinematográfica, como grande parte da sociedade, de maneira geral, sempre foi muito machista e conservadora. Histórias sobre a comunidade LGBTQ+, histórias sobre a comunidade pobre, histórias sobre violência, histórias sobre as pessoas com transtornos, histórias sobre diferença de classes, pouco tinham espaço até poucos anos atrás, mas essa realidade está mudando. E somente através da empatia e da sensibilidade poderemos garantir que essas histórias sigam sendo contadas.

Brokeback Mountain – O Segredo de Brokeback Mountain – 2005 – Ang Lee

Vou destacar um exemplo que, ao meu ver, parece pertinente. Eu não acredito que O Segredo de Brokeback Mountain não foi o grande vencedor do Oscar no seu ano. Na verdade é muito errado isso não ter acontecido. Não é tão errado quanto triste, pois as razões que motivaram os votantes da Academia a não escolher este como Melhor Filme, são razões preconceituosas. A temática do filme não agradou os votantes machistas da época. Como um filme com temática homossexual vai ficar na história como o melhor filme do ano? Como que não? É a minha pergunta! Essa foi a razão? Não interessa o conteúdo do filme? A mensagem que o filme traz? A forma como o filme é feito? A frase “o amor é uma força da natureza” estampava os cartazes de divulgação do filme, pois essa era a principal mensagem passada pela história. Minha intenção é apenas deixar uma reflexão sobre o assunto. Não há espaço para preconceito na sociedade moderna e as artes são importantes para melhorar esse contexto. Não pretendo forçar ninguém a assistir filmes que não gostam, apenas acredito que há possibilidade de pensar o filme com outra perspectiva. Que possa ser possível afastar os preconceitos e apreciar uma boa obra cinematográfica.

 

Punição exemplar para dar um basta à violência contra as mulheres

Por Patrícia Alba Se a punição severa é a única maneira de frear os crimes contra as mulheres, quando se trata de uma autoridade, como o primeiro mandatário de uma grande cidade como Viamão, a sociedade saúda e aplaude a decisão da Justiça. O prefeito Rafael Bortoletti foi condenado pelo Juizado da Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher da

Nota à Imprensa — Prisão Fernando Collor

A prisão do ex-presidente Fernando Collor, determinada pelo Supremo Tribunal Federal, representa uma decisão correta e justa no âmbito do devido processo legal e da punição de agentes públicos envolvidos em corrupção. Trata-se de um desfecho que respeitou todos os trâmites jurídicos e garantias constitucionais: foram observados os prazos processuais, assegurado o pleno direito de defesa e seguidas as etapas