qui, 1 de maio de 2025

Variedades Digital | 26 e 27.04.25

Exigência de exames negativos da COVID-19 para turistas passa a valer a partir de setembro

Rivera e Livramento concordam que a medida trará mais segurança à comunidade fronteiriça
Foto: Marcelo Pinto/AP

O último decreto municipal, publicado na madrugada de terça-feira (18), além de restringir o funcionamento do comércio não essencial às segundas, terças e aos domingos, também trouxe uma determinação acerca da entrada de turistas na cidade. De acordo com o artigo 27 do decreto N°9.149, “será exigido aos turistas, a partir do mês de setembro do corrente ano, laudo negativo de infecção da COVID-19”.
A normativa foi recebida de forma positiva por grande parte da população, mas gerou dúvida em relação aos impactos que poderia trazer à economia da região, tendo em vista que a vizinha cidade de Rivera depende da entrada de turistas brasileiros para movimentar o seu comércio. Entretanto, nesta quinta-feira (20), a Intendente Departamental de Rivera, Alma Galup, esteve reunida com o Secretário Geral de Governo de Sant’Ana do Livramento, Ricardo Dutra e o Secretário Municipal da Saúde, Eder Fialho para alinhar as medidas de combate ao Coronavírus na fronteira.
Entre as pautas da reunião, ficou acertada a retomada das ações em conjunto de desinfecção das principais vias públicas das duas cidades e também foi debatida a exigência da apresentação das negativas para Coronavírus por parte de turistas. De acordo com Dutra, não houve entraves entre as duas administrações e, portanto, a medida segue mantida. “Enquanto esse decreto não for alterado, vale. Só não vai ser mantido se houver um cenário diferente. […] A gente tem o pleno entendimento que é completamente razoável a questão da exigência de testes. Não há um entendimento contrário do lado da intendência de Rivera, muito pelo contrário, protege mais ainda os estabelecimentos deles que estão abertos”, explica.
Quanto à medida desencorajar a vinda de turistas para a região, Dutra diz não acreditar que o impacto seja significativo. “Não é uma exigência absurda para um turista que venha a passeio. Os testes variam a partir de R$ 40,00 nas redes de farmácia, então […] é difícil um turista não ter R$ 40,00 para viajar com segurança. Protege todos os funcionários da rede hoteleira e o turista. Ele vai estar seguro”, opina.
No caso de pessoas de outros municípios que vêm à cidade por motivos profissionais, segundo Dutra, embora o decreto não preveja, poderá haver uma certa tolerância, desde que seja comprovado que o motivo da viagem não é para a realização de compras ou turismo. O artigo não versa explicitamente sobre a validade dos comprovantes, mas, de acordo com o secretário, a exigência será de que o exame negativo seja de, no máximo, até três dias antes da viagem. A medida passa a valer dentro de pouco mais de uma semana.

Francisca Harden

No coração da segurança pública, uma mãe que inspira e protege dentro e fora de casa