O risco de reunir pessoas e os incansáveis alertas para que se evitem as chamadas aglomerações está entre os fatores que têm contribuído, e muito, para a redução dos casamentos realizados nas Igrejas em Sant´Ana do Livramento. Mas, engana-se quem que pensa que o sonho de viver a dois tem sido deixado de lado. Ao contrário dos números repassados pelas maiores paróquias da cidade que assistem a uma redução sensível na quantidade de casamentos, os cartórios já oficializaram até agora, desde o início da pandemia do novo coronavírus 60 casamentos. Para Tania Regina Lucas, secretária da Paróquia de Sant’Ana – Igreja Matriz, há quase 25 anos, o número de casais que procuram o padre para celebrar seus casamentos reduz mais a cada ano que passa. Em 2019 foram 10 realizados. Em 2020, esse número caiu a um terço do ano anterior. “Pode acontecer de alguém ainda vir marcar, mas com esse cenário é bem mais difícil. Ainda, segundo ela, na Igreja Matriz neste período apenas um casamento foi realizado no mês de julho e outros dois estão marcados para o mês de novembro. Já na Igreja do Rosário, apenas um casamento estava marcado para este ano e já havia sido remarcado de novembro de 2019. Este foi cancelado. “Há 23 anos atrás a média era de 60 a 80 casamentos por ano. Os casamentos em maio eram tradicionais e muito mais difícil de conseguir marcar datas, isso que tínhamos três horários disponíveis. Atualmente, algumas vezes em maio, não temos mais casamentos. O que concluímos em reuniões na Diocese em Bagé é que os casamentos são realizados mais para o final do ano para que o custo seja menor e possa ser abatido com fundos como 13º, FTGS, etc. Assim, estão cada vez mais raras as cerimônias que enchiam as igrejas e despertavam tantos olhares”, diz ela entre sorrisos bem-humorados de quem já assistiu a centenas de solenidades emocionantes na igreja mais popular da cidade.
De acordo com Tânia, todas as cerimônias que estão sendo marcadas para as paróquias instaladas em Livramento precisam, e estão respeitando todos protocolos de segurança estipulados pelas autoridades da área da saúde. “Sabemos que este é um momento muito delicado e que tem afastado muita gente por conta de outras prioridades. Então, quando os casais vêm até nós para marcar uma data, como esta que temos para novembro, já deixamos as regras bem claras para que não paire dúvidas entre todos e que a cerimônia, mesmo com um número reduzido de pessoas, possa ocorrer sem perder seu brilho”, esclareceu. Em 2018 na Igreja Matriz de Sant´Ana do Livramento foram realizados 18 casamentos. Esse número cai para 10 em 2019 e para apenas 01 em 2020, reflexo não apenas da pandemia, mas das dificuldades financeiras que já não são mais novidades no município. Assim, os casais experimentam apenas o casamento no Cartório, o que confirma o dado repassado pelo órgão de que em 2020, durante a crise, 60 casais oficializaram a união fazendo apenas o Registro Civil.
Atualmente, o custo do casamento, hoje, na Igreja Matriz, tem uma taxa de R$ 500,00 (no primeiro horário 19h30) e de R$ 550,00 (no segundo horário). Inclui iluminação, tapete vermelho. A decoração e música é por conta da noiva


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