qui, 1 de maio de 2025

Variedades Digital | 26 e 27.04.25

Santanense fratura fêmur e aguarda há mais de 20 dias por cirurgia na Santa Casa

Idosa teve quatro tentativas de operação adiadas por diversos motivos

Uma situação desesperadora. Assim Rita Pontes, filha de Ilda Ponte da Silva de 83 anos que sofreu uma fratura de fêmur que atacou o colo, no dia 23 de julho e foi internada na Santa Casa de Misericórdia de Livramento, avalia a situação. Dias após, foi comunicado à família que ela realizaria uma cirurgia de correção da fratura. A idosa foi preparada para a operação, anestesiada, porém a máquina de raio-x da sala de cirurgia parou de funcionar e a cirurgia foi adiada pela primeira vez. “Ficamos acompanhando o procedimento na porta do bloco cirúrgico desde às 13h30min até as 18h enquanto a anestesia geral passava para depois que ela saiu do bloco nos avisarem que não foi feito o procedimento.

Na segunda tentativa, um novo adiamento. Mais uma vez Ilda foi levada para o bloco cirúrgico e não realizou a cirurgia, dessa vez, a alegação foi o arco cirúrgico ter estragado. Na terceira tentativa, mais um problema, o médico responsável foi afastado e o substituto disse à família que não faria nenhuma cirurgia. Na última terça-feira (11) houve um novo adiamento e a cirurgia foi remarcada para a próxima quarta-feira (19), quase um mês após sua fratura.

Enquanto a indecisão do hospital em operar ou não, a idosa continua internada em um leito da instituição, tomando remédios para dor e a família com a incerteza de quando a idosa poderá ir para a casa: “Estão brincando com a saúde da minha mãe. Ela esta tomando remédios para amenizar a dor, mas ela tem problemas no coração e não pode utilizar estes medicamentos em excesso pois pode acabar danificando este órgão. O fêmur foi fraturado próximo ao colo e o risco de algum movimento acabar causando alguma hemorragia é muito grande. O osso após todo esse tempo deve estar calcificado. Torço muito para que seja realizada a cirurgia no próximo dia 19 e também estamos entrando com um processo na Defensoria Pública para que minha mãe seja operada”, conta.

A Secretaria de Saúde destacou que o arco da sala de cirurgia está realmente danificada e está em contato com uma empresa de São Paulo para poder solucionar este problema o mais rápido possível para que não somente essa, mas todas as cirurgias possam ser realizadas no hospital.

Francisca Harden

No coração da segurança pública, uma mãe que inspira e protege dentro e fora de casa