Na manhã dessa sexta-feira (14), ex-funcionários da Oscip Ação Saúde e Educação, que foi contratada pela atual gestão no ano de 2018 para selecionar e contratar funcionários para as escolas municipais, realizaram uma manifestação pacífica em frente ao Palácio Moysés Vianna. Na pauta, a reivindicação de valores que ainda não foram pagos para os cerca de 40 servidores contratados na época.
Segundo Aline Lopes Vargas Girardi já se passaram mais de dois anos sem receber os seus direitos. Ela conta que trabalhou cerca de seis meses como professora contratada para atuar em uma escolinha infantil. “Logo que comecei a trabalhar iniciaram também os atrasos do pagamento. Não demorou muito para todos os contratados se organizarem e fazerem manifestações iguais a esta para receber o 13º e também para receber o pagamento em dia. O quinto dia útil nunca acontecia para a Oscip, era atrasado. Agora nós temos para receber uma multa rescisória e também o FGTS que não foi depositado”, disse.

(Foto: Matias Moura/AP)
Aline destaca que os valores a receber são altos, em alguns casos de dois a 3 mil reais, dependendo do contrato. “A gente veio aqui buscar uma resposta do Prefeito, já que ele foi e voltou tantas vezes para a Prefeitura. E o lado do funcionário como é que fica? Será que ele pensou no funcionalismo na hora da contratação dessa Oscip? Porque até agora a gente não viu, em nenhum momento, ele dizer que se arrependeu dessa contratação e da terceirização da educação. E a gente gostaria de ouvir uma manifestação dele. Queremos uma resposta e se for preciso a gente entrar judicialmente vamos fazer isso”, afirmou.
Segurando nas mãos um cartaz com a frase “O Grupo Ação Saúde e Educação Oscip é de Torres, mas o trabalho é santanense. Povo que não tem virtude, acaba por ser escravo”, a professora Márcia Flaviana Leites Cardoso diz que a situação é muito constrangedora, mas é necessário reivindicar os seus valores não pagos. “Nós temos até o mês de dezembro deste ano de prazo para que seja tomada uma atitude ou via judicial ou pela Prefeitura. Então, nós estamos esperando desde o final de 2018 para que acontecesse alguma coisa e como vai fazer dois anos e até agora nada. Essa é a última tentativa de fazer um acordo extraoficial ou então que nos digam não vão pagar e pronto, que daí nós vamos para a Justiça. Nós não queremos de maneira nenhuma tumultuar, só reivindicar o que é nosso “disse.
Conforme o advogado do grupo, o vereador Aquiles Pires (PT), o prefeito municipal não pôde atender os manifestantes, pois estava cumprindo agenda. As professoras que estiveram presentes fizeram questão de destacar que elas estavam representando um grupo bem maior de pessoas, que não puderam estar presentes por causa da pandemia. Ao final, as manifestantes disseram que vão agendar uma nova data para ter um encontro com o Prefeito a fim de resolver a situação.