Desde a chegada da pandemia do novo Coronavírus em Sant’Ana do Livramento, em março, os profissionais do transporte vivem incertezas. Em um primeiro momento, os primeiros a sofrerem foram os que atuam no ramo de transporte escolar e turismo. Isso porque as viagens foram restritas, atrações turísticas fechadas e as aulas foram suspensas em todas as esferas.
Para isso, o deputado Jerônimo Goergen (Progressistas/RS) redigiu o projeto de lei n° 4169/2020, o qual prevê, entre outras coisas, que seja liberado R$ 1.200,00, pagos em seis parcelas, para os profissionais da categoria até o retorno das aulas. Entretanto, segundo o deputado, a Câmara dos Deputados não conseguiu votar a aprovação do projeto durante a sessão desta terça-feira (11). Ainda de acordo com Goergen, o projeto sofreu diversos ataques, tendo artigos alterados pelo Governo Federal e também o seu relator substituído por ordens do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM).
A expectativa é que a votação seja realizada na manhã de quinta-feira (13), mas Goregen se disse insatisfeito com as alterações. “Eu já tinha muita preocupação antes. O projeto como está, está com muita cara do tipo assim: tem o projeto, não me cobrem. Como se fosse o Governo falando isso. Mas é um projeto que não vai acabar atendendo ninguém”, comenta. O deputado também disse que já está trabalhando em uma nova versão do projeto para que não haja prejuízos à classe.
Também sobre o transporte, o vereador Carlos Nilo (Progressistas) trouxe novas informações, inclusive sobre as exigências do governo uruguaio aos caminhoneiros brasileiros, mas antes opinou sobre o projeto de lei. “Agora estava ouvindo o nosso Deputado Federal, Jerônimo Goergen, está apresentando um outro projeto. Se vê que o projeto que iria ser apresentado não dizia nada com nada e parece que a gente fica no mesmo lugar”.
Ainda segundo Nilo, há uma preocupação do Executivo Municipal quanto ao retorno das aulas. “Eu estive conversando com a secretária de educação e o processo licitatório está em andamento, ela espera que não dê vazio. Está conversando com as empresas e espera sair logo pra não se preocupar com o retorno as aulas”, completa.
Sobre o papel dos pares do legislativo, Nilo disse que a Câmara está sempre conversando e tentando articular para tentar agilizar o processo. “Mas a gente sabe que não somos gestores”, opina. Já em relação aos avanços nas negociações com o governo do Uruguai, Nilo disse que conversou com a representante da Associação Brasileira de Transportadores Internacionais (ABTI) de Uruguaiana e foi informado de que já houve um aceno do país vizinho para que os testes rápidos passem a ser aceitos. Além das testagens, outro ponto a ser debatido é a questão da facilitação no atendimento médico aos viajantes nos dois países. “Essa burocracia atrapalha também, o acordo que está sendo feito é que o uruguaio quando entre aqui não precise de um seguro e o brasileiro quando entrar no Uruguai não precise também”, observa.