O que antes era hobby, hoje virou fonte de renda
É fato que grandes eventos em nível mundial sempre refletem diretamente na economia. Foi assim durante a epidemia de gripe espanhola, o fim das duas grandes guerras mundiais e está sendo agora em meio à pandemia do novo coronavírus.
Desde o fim de fevereiro no Brasil, além de um expressivo número de mortes, o vírus também é responsável por um grande número de demissões e fechamentos de empresas. Entretanto, em meio a todo o caos algumas pessoas enxergam a oportunidade.
É o caso de alguns santanenses que foram ouvidos pela reportagem do jornal A Plateia. O primeiro exemplo é o da estudante de agronomia Amanda Florindo que apostou na venda de balas de caramelo como forma de complementar a renda. “Vi que tinha muita gente fazendo trufas, brigadeiros, enfim, aí lembrei que tinha uma senhora que vendia essas balas baianas no terminal (de ônibus) e hoje eram bem difíceis de encontrar”, comenta.
A partir daí foram diversas tentativas até acertar o ponto e chegar ao resultado satisfatório, mas com o início da quarentena e com as aulas suspensas, a estudante teve bastante tempo até dominar o processo. Para realizar as vendas em tempos de pandemia, a jovem utiliza as redes sociais onde, através de sorteios e promoções, já conquistou diversos clientes.
Amanda conta que ainda está se adaptando em relação a administração do que ganha com a venda das balas, mas que já consegue cobrir suas despesas. “Meus primeiros doces quem bancou foi a minha mãe e com o dinheiro que eu ganhei eu fui repondo até conseguir manter a produção, o que não demorou muito. Já consigo comprar o material e ainda tirar um parte para as minhas coisas”.
Quem também enxergou o copo meio cheio foi o pecuarista Luiz Carlos de Barros que, com a ajuda da esposa, que é técnica agrícola, tem garantido a sua renda através da venda de verduras e hortaliças. “Começamos em novembro. Vi na olericultura uma nova fonte de renda, além de ser prazerosa a atividade é muito rentável […] e com a pandemia do coronavírus, tivemos uma elevação nas vendas”, comenta.
O produtor, que também é proprietário de táxis, diz que atualmente, com a queda no movimento, tem colocado alguns de seus carros para ajudar nas entregas de verduras. “Eu e minha esposa pegamos encomendas e nas terças e sábados entregamos. Seguimos com o táxi também, mas as verduras estão rendendo mais”, pontua.
Murilo Alves
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