sex, 2 de maio de 2025

Variedades Digital | 03 e 04.05.25

Café faz bem?

O café é uma das matérias-primas com maior importância no comércio internacional. É igualmente uma das bebidas mais apreciadas em todo mundo, não só pelas suas características organolépticas, mas também pelo seu efeito estimulante.

Estima-se que o grão de café torrado possua mais de 2000 compostos químicos, alguns destes com atividades biológicas conhecidas (adversas e/ou benéficas). Deste modo, os efeitos do consumo de café irão depender da qualidade e quantidade dos compostos químicos ingeridos. Existem cafés melhores e cafés piores (paladar, processo de produção etc).

Além da influência da espécie de café, o tipo de processamento a que os grãos verdes são sujeitos (via seca, úmida ou mista, descafeinação), o grau de torra e de moagem, assim como o método de preparação da bebida (filtro, expresso, cafeteira, fervido, etc) e o respectivo volume, irão igualmente contribuir para a variação da composição química final da bebida.

O café tem benefícios potenciais. Existem coisas benéficas dentro do café, e existem outras não tão benéficas assim. Apesar de o cafezinho ser uma coisa corriqueira e, de certa forma, até banal na vida de muitas pessoas, o seu consumo deve ser cuidadoso e os benefícios, ou não dele, devem respeitar a individualidade de cada organismo.

Grande parte das pessoas se beneficiam com o consumo de até 3 xícaras de café por dia.

O ideal é que possamos perceber o nosso corpo. Se eu estou necessitando muito de café para me manter com energia, disposição e acordado, eu posso estar me tornando um dependente do café, e isto é muito ruim. Porque o café acaba estimulando o nosso corpo, e não é à toa que muitas pessoas utilizam o café para ficar mais acordadas, sentir um pouco mais de energia. Ele estimula, de certa forma, a nossa glândula adrenal (que também gera a reação ao estresse); então, ao estimular essa glândula muitas vezes ao dia – dessa forma um pouco mais artificial, obrigando-a a trabalhar – em momentos em que, talvez, ela deveria estar “descansando”, pode significar uma perda de função, um ”cansaço”, uma fadiga dessa glândula; e isso deveria ser um sinal de alerta para grande parte das pessoas, ou seja, se estou necessitando muito de café, eu deveria tentar diminuir a ingestão de café e tentar entender o que está acontecendo de errado com meu corpo.

Mas algumas pessoas criaram apenas o hábito, mas não o necessitam. Às vezes o limite entre o hábito e o vício, é muito tênue; é fácil ultrapassar o hábito e acabar no vício.

Por isso, se estabeleceu que em média 3 xícaras de café por dia podem ser benéficas para a grande maioria das pessoas.

Existem pessoas que têm o hábito de tomar um cafezinho após o jantar, isso é desaconselhado. Os efeitos estimulantes do café interferem na qualidade do sono, no sistema adrenal, o que acaba por não permitir uma noite de sono reparador; a pessoa pode passar a dormir um pouco agitada (até sem perceber) e isso ser responsável pelo aparecimento de dores durante o dia, aumento dos níveis de estresse, dentre outras consequências de uma noite mal dormida.

Finalmente, a frequência de ingestão, os hábitos alimentares, o estilo de vida (consumo de álcool e/ou tabaco) e a predisposição genética individual (polimorfismo), poderão de igual modo influenciar os efeitos do café na saúde do consumidor.

Não há evidência de que o consumo moderado de café (até 3x/dia), por indivíduos saudáveis, seja prejudicial. Existem, no entanto, alguns subgrupos da população que são mais sensíveis aos efeitos da cafeína, pelo que, nestes casos, o consumo desta bebida deverá ser mais cauteloso ou evitado.

Bruno Conde Rodrigues – Fisioterapia cardiovascular e respiratória – CREFITO 5º R 96.803

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Nota à Imprensa – queda do ministro Carlos Lupi

  A saída do ministro da Previdência, Carlos Lupi, é a confirmação de que sua permanência no cargo se tornou insustentável diante da gravidade do escândalo envolvendo descontos indevidos em aposentadorias e pensões. Sua omissão, somada às inúmeras irregularidades identificadas, torna justa – embora tardia – a sua exoneração. No entanto, é preciso deixar claro que esta é apenas a