Ordelina foi alocada em um quarto isolado e já respira sem ajuda de aparelhos
A santanense Ordalina Inácio, idosa de 75 anos, que era a paciente que estava em quadro mais grave por Coronavírus em Livramento, deixou nesta terça-Feira (21), a unidade de terapia intensiva (UTI) da Santa Casa de Misericórdia.
Sua filha, Glaura Inácio, publicou em seu perfil nas redes sociais um vídeo onde mostra a sua mãe recebendo uma salva de palmas ao passar pela porta da ala, deixando o espaço onde ficou por 27 dias internada. “Minha mãe vai para o quarto do hospital, ainda fraca, ainda em recuperação, mas cheia de energia pra superar esse vírus. Não foi fácil, a incerteza da doença, do tratamento, de como ela reagiria, coração apertado a cada dia que se passava. Mas a certeza que ela está sendo muito bem assistida. Sim, ela se tratou pelo protocolo pra covid-19 até então conhecido, com hidroxicloroquina, azitromicina e tamiflu , entre outros. Mas de forma controlada, estudada, monitorada. Não é tomar e pronto, tem efeitos, tem consequências, só um médico pode prescrever. E nesse ponto contamos com o melhor. Não temos palavras, expressões pra agradecer ao Dr. Tiago Lopes”, escreveu em publicação.
Glaura também agradeceu aos demais funcionários do hospital e em especial ao pneumologista Tiago Lopes: “Por toda a dedicação, atenção, suporte, horas de atendimento, horas de estudo, em vez de estar no conforto do lar com a família estava estudando casos do mundo inteiro pra ter certeza do melhor caminho a seguir. Nossa eterna gratidão e respeito por ti. O mundo precisa de mais pessoas assim. Agradecimento especial também à Dra. Valeria Gornatti, não por ser minha cunhada, mas por ser essa pessoa disponível, interessada, competente. Ela nos deu o apoio pra enfrentar esse momento. Nos informou com clareza, estudou os casos. Eterna gratidão a esses dois médicos e toda a estrutura da CTI da Santa Casa, técnicos de enfermagem, enfermeiros, plantonistas, e demais médicos que se dedicaram em achar o melhor tratamento para ela”.
Além dos funcionários, ela agradece a todos que oraram por sua mãe: “Essa superação não teria acontecido se não fosse também pela gigante corrente de orações e amor que se formou. Impossível agradecer a cada um, mas todos sabem o quanto foram fundamentais, o quanto a mãe é importante e é amada por nós. Obrigada”, conta.
Na TV, a gente não tem a dimensão dessa doença
Glaura conta que não é possível dimensionar a doença: “Na TV, a gente não tem a dimensão dessa doença, só quem tá perto sabe a gravidade, até chegar em alguém que você ama. Se cuide, se proteja. Só temos a agradecer novamente, pelo apoio da família, amigos, colegas, conhecidos, amigas da minha mãe, médicos, enfermeiras, técnicos. Acreditem, dá pra superar, com bons médicos, com fé, com oração, com energia positiva. A luta segue mais leve, mais tranquila, mas com a mesma fé de sempre”.
João Victor Montoli
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