sáb, 26 de outubro de 2024

Variedades Digital | 19 e 20.10.24

Poder de fogo no combate ao javali

Após a liberação da venda de fuzis pelo Governo Federal, os primeiros exemplares já começaram a chegar na fronteira. Armamento poderá ser utilizado inclusive no controle de javalis

Fuzil em punho, um javali na mira a quase 30 metros, dois disparos seguidos. Um problema a menos para os produtores rurais. Uma alternativa que visa equilibrar a disputa por território e o combate a uma praga quem vem tirando o sono de quem produz e precisa enfrentar os mais vários problemas causados por esses invasores. Nos últimos anos muitos produtores optaram por mudar de atividade como é o caso da ovinocultura que é uma das mais afetadas pela ação dos javalis que estão presentes hoje em todo o território gaúcho e brasileiro.

Para tentar amenizar o problema e realizar um combate mais eficientes foram criados os Grupos Especializados na Caça desses animais, os chamados controladores de fauna exótica. Neste caso, o caçador precisar ter um cadastro junto a IBMA para poder efetuar legalmente o abate desses animais.

Em virtude disso, muitos caçadores e atiradores resolveram se organizar em Clube de Tiro Esportivo para a prática, treinamento e lazer. Um desses clubes foi criado em Sant’Ana do Livramento há mais de 7 anos, justamente com essa finalidade, sob a nomenclatura de Clube Oriental de Tiro – Caça – Controle – Preservação, e conta hoje com quase 100 atiradores cadastrados.

No espaço que funciona em uma área rural alugada onde estão os boxes de tiro, os associados têm aulas práticas de tiro nos diversos calibres com um instrutor credenciado e autorizado. Para se associar ao clube, a pessoa interessada irá passar por uma avaliação psicológica e técnica e por uma série de palestras posteriores sobre o funcionamento de armamento, podendo assim optar também pelo registro e cadastro como controlador da fauna exótica invasora.

Fuzil T4 da Taurus já pode ser encomendado por lojas especializadas em Livramento
(Foto: Matias Moura/AP)

O Clube Oriental de Tiro realiza treinamento, provas esporádicas e competições entre os sócios e entre os outros clubes. Um dos fundadores do clube é o produtor rural, empresário, atirador esportivo e controlador de fauna exótica, Luís Albeche, que recebeu a reportagem do Jornal A Plateia no estande de tiro do clube para uma demonstração das atividades esportivas. “Nós estamos com as portas do clube aberta para novos sócios. Somos uma entidade sem fins lucrativos, o nosso único interesse é praticar o tiro esportivo e realizar os treinamentos necessários. Qualquer pessoa pode praticar o tiro, desde que preencha todos os requisitos necessários. Atualmente existem dois tipos de registro de arma. A arma de defesa, que tem relação com a Polícia Federal, trata-se, exclusivamente, de armas de defesa, neste caso essas armas não podem sair de casa ou das propriedades rurais. Já a arma do esporte fica registrada no Exército, então o atirador esportivo tem uma possibilidade de compra bem maior, podendo adquirir até 30 armas, mais umas 6 como caçador e algumas como colecionador, que neste caso são as não funcionais” destaca.

Sobre a questão do porte de arma e acessos a diversos calibres, o atirador explica que hoje a pessoa cadastrada como CACs (Colecionador, Atirador e Caçador) tem acesso a um número bastante expressivo de diferentes tipos de armas. “A pessoa cadastrada nesta modalidade tem acesso a uma variedade muito grande de calibres, hoje. Inclusive, há pouco tempo, no mês de novembro, foi liberada uma série de calibres que antes eram restritos e agora são permitidos. Como a 9mm, .40, .45 entre outros. E os atiradores têm a vantagem de obter os restritos que são os fuzis 7.62, 5.56, recentemente foi liberado o semiautomático que é o famoso T4. A IMBEL também liberou o FAL para a venda civil. Então, o atirador esportivo e caçador tem a vantagem de ter um equipamento melhor com calibre mais forte. Sei que para esse fim existem outras exigências legais”.

Controlador de fauna exótica
Em 2013, o IBAMA passou a autorizar a caça do javali em todo território nacional. Essa autorização se deu através da Instrução Normativa N° 03/2013.
O cadastro de caçador no IBAMA é realizado através da inscrição no Cadastro Técnico Federal (CTF). Após este registro, o usuário terá acesso também ao Sistema de Informação de Manejo de Fauna (SIMAF) na qual deverá cadastrar propriedades e lançar informações relativas aos abates. Ambos os sistemas são de propriedade do IBAMA e o uso deve fazer parte da rotina dos caçadores brasileiros de javali.
O Cadastro Técnico Federal – CTF permite ao usuário fazer a emissão do Certificado de Inscrição e do Certificado de Regularidade. Ambos os documentos costumam ser solicitados pelo Exército em procedimentos como pedidos de compra de armas e/ou munições. Além disso, o caçador também precisa estar de posse destes documentos, devidamente atualizados, durante as atividades de caça de javali.
Liberação de fuzil semiautomático

Durante a entrevista com a nossa reportagem, o atirador Luís Albeche segurava firme nas mãos o recém-chegado fuzil T4, da Taurus, semiautomático e com capacidade de até 30 tiros por carregador. Armamento utilizado por unidades militares e policiais, baseado na consagrada plataforma M4/M16, amplamente empregada pelas forças militares em todo mundo e, principalmente, pelos países membros da OTAN, por ser considerada uma arma extremamente confiável, leve, de fácil emprego e manutenção. Segundo ele, um armamento que vai dar muita mais eficiência no combate ao javali. “A liberação para compra de um fuzil semi-automático vai facilitar muito o trabalho de controle do javali. Embora esse calibre já fosse permitido, o mecanismo era outro. Com ferrolho. Agora não. Um rifle automático vai facilitar bastante por conta dos disparos contínuos. E o melhor é que ele já está disponível para os caçadores e atiradores”.

A reportagem conversou com o CAC (caçador, atirador e colecionador) Jéferson Rodrigues Regazon, 41 anos, natural de Sant’Ana do Livramento, praticante do tiro esportivo, filiado ao Clube Oriental de Tiro. Para ele, o tiro esportivo, além de ser um esporte, é uma paixão que vem de berço. “Um esporte que vem tendo uma ascensão nos últimos tempos, precisamos mais companheiros nos estandes para partilhar de ótimos momentos em comunhão social e, principalmente, possamos reunir famílias nesse esporte tão pouco divulgado, muitos acham absurdo a prática do tiro esportivo, pois poucos tiveram acesso à realidade da modalidade, a partir do momento que tenham acesso, verão a realidade do esporte no Brasil inteiro, de norte a sul a modalidade vem tomando espaço e creio que, muito em breve, sejamos muito mais reconhecidos como ESPORTISTAS que é o que precisamos ! JUNTOS SOMOS FORTES”

Matias Moura | [email protected]

APESAR DOS PESARES, SOMOS TODOS SERES HUMANOS?

Buenas! O mundo anda tão complicado, não é mesmo? Eu sei, todo mundo sabe, não precisava o mundo nos lembrar dia sim dia também de nossa finitude e de sua indignação com nosso comportamento. Ainda assim, penso que temos mais a comemorar do que lamentar. Gostaria, sinceramente, de falar da viagem que fiz para Buenos Aires, 15 anos depois da

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