Simone Leite diz que a entidade já fechou questão contra a possibilidade de aumento de impostos
Depois de apoiar a manutenção das alíquotas majoradas do ICMS nos dois primeiros anos do governo Eduardo Leite, a presidente da Federasul, Simone Leite, descarta avalizar qualquer iniciativa que não seja a redução da carga tributária a partir de 2021. Embora o governo já tenha manifestado que não pretende prorrogar a elevação no tributo, deputados estaduais acreditam que a medida será inevitável, por conta da situação financeira do Estado.
A entidade já manifestou apoio ao pacote enviado pelo governo à Assembleia e acredita que a aprovação contribuirá para evitar um novo período com as alíquotas elevadas. Na campanha eleitoral de 2018, Leite se comprometeu a manter as taxas atuais (com a básica ampliada de 17% para 18%) apenas nos dois primeiros anos de gestão.
— Nós demos um voto de confiança ao governador e fizemos a cota de sacrifício quando trabalhamos pela manutenção das alíquotas. Agora chegou a hora de os servidores fazerem sua cota sacrifício — defendeu Simone, em entrevista antes da reunião-almoço com deputados, nesta quarta-feira (11).
A dirigente empresarial disse acreditar no “bom senso” de Eduardo Leite e dos deputados estaduais mas ressaltou que, mesmo em eventual reprovação dos projetos que tramitam na Assembleia, a entidade já fechou questão contra a possibilidade de aumento de impostos.
— Esta é uma cláusula pétrea na nossa gestão. Não vamos abrir mão de reduzir a carga tributária em nenhuma hipótese — reforçou.
Na terça-feira (10), o ex-líder do governo Sartori na Assembleia, Gabriel Souza (MDB), disse que o governo não terá saída e precisará propor um aumento na carga tributária, seja pela simples prorrogação de alíquotas ou por meio de uma reforma tributária estadual.
Fonte: Gaúcha/ZH
Foto: Rosi Boninsegna / Federasul