ter, 1 de julho de 2025

Variedades Digital | 28 e 29.06.25

A força delas na Brigada Militar

A história da policial Ribeiro que divide a vida de mãe com o trabalho de policial na Força Tática

Nesta semana, a Brigada Militar do Rio Grande do Sul completou 182 anos de história servindo à segurança pública e à população. A criação da instituição, segundo dados oficiais, considera sua data de fundação em 18 de novembro de 1837, sendo uma instituição basicamente masculina, naquela época, dada a sua relevância para a sociedade gaúcha.
No ano de 1923, a realidade começou a mudar, pelo menos, na corporação da Brigada Militar (BM), no Rio Grande do Sul. Com 21 anos, a jovem natural de Caçapava do Sul, Olmira Leal de Oliveira entrou para a história do Estado quando foi integrada à BM. Enfermeira e combatente no 1º Regimento de Cavalaria, hoje 1º Regimento da Polícia Montada, com sede em Santa Maria. Graduada a cabo e devido a sua baixa estatura, ficou sendo conhecida “Cabo Toco.”

De lá para cá se tornou cada vez mais frequente a presença de mulheres dentro da corporação ocupando os mais distintos cargos e funções, inclusive, no policiamento ostensivo desenvolvendo o mesmo trabalho que os homens. Uma delas é a policial santanense Lisiane Ribeiro da Cruz Soares, 29 anos, mãe de dois filhos, que entrou aos 18 anos na Brigada Militar e possui 10 anos de carreira como policial militar do Rio Grande do Sul. Atualmente ela é a única policial feminina a integrar a Força Tática em Livramento, unidade que possui 26 militares e até pouco tempo se chamava Pelotão de Operações Especiais. A soldado Ribeiro como é conhecida, divide as funções de policial militar, atuando diretamente no policiamento ostensivo e em operações com as tarefas de mãe e dona de casa. Ela diz que, embora seja uma profissão de risco, ama seu trabalho e a maior motivação vem justamente da sua família, sobretudo dos filhos. “Entrei na Brigada por intermédio da minha irmã que me incentivou muito. Naquela época nunca tinha pensado nisso porque era bem nova, mas no momento que me formei e comecei a trabalhar tive a certeza que estava na profissão certa. Sobre ser mãe e policial é uma vida corrida, mas eu tenha muita ajuda da minha mãe que é meu porto seguro e me ajuda muito. Quando eu estou no serviço, durante o dia, eles estão na escolinha e, quando estou na escala, à noite é ela quem cuida para mim. Eles são meus amores, a Lívia que tem 4 anos e o Vicente que tem 1 ano”, contou.

A soldado Ribeiro serviu por 5 anos e meio na capital Porto Alegre, atuando em várias funções, tanto administrativa quando operacional, em 2015 conseguiu a transferência para Livramento e sentiu a diferença, principalmente na questão da violência. “Senti uma diferença grande quando vim pra cá, pois lá é muita correria, muitas ocorrências. Aqui, em Livramento é mais tranquilo. Embora a gente também tenha bastante trabalho”.

Depois de desempenhar outras funções no regimento, em 2017, a soldado Ribeiro entrou para o Pelotão de Operações Especiais.
Questionada se existe preconceito por parte da sociedade por ser mulher em um ambiente predominantemente masculino em uma função de segurança, ela disse que sim, mas que na maioria das vezes as pessoas se sentem mais confortáveis com a presença feminina, sobretudo na questão das abordagens. “O preconceito existe, a gente sente. Mas, hoje em dia, é mais tranquilo, antigamente o preconceito era maior. Parece que o povo está aceitando mais, principalmente na questão das abordagens na parte feminina. Hoje, a sociedade está aceitando mais o nosso trabalho. Dentro da corporação é muito tranquilo, tenho um grande respeito pelos colegas e eles por mim. Quando entrei no POE, nós éramos três mulheres, hoje, é só eu. Mas o convívio é excelente”, contou a policial.

Para o comandante da Força Tática, Tenente Ruisdias, é um orgulho poder contar com uma excelente profissional como a soldado Ribeiro e ele considera que a presença feminina fortalece ainda mais os laços com a comunidade. “Para nós, é de suma importância ter a presença de uma policial no efetivo, pois, nos auxilia muito nas abordagens quando há necessidade de revistas e outras atividades. Além, é claro de poder contar com a percepção dela, pois a mulher possui uma visão muito mais apurada, a chamada visão periférica. Ela é uma excelente profissional e merece este reconhecimento por representar a nossa unidade e todas as policiais da Brigada Militar que auxiliam muito no trabalho da segurança pública”, ressalta o Tenente.

O Tenente Ruiz Dias Comandante da Força Tática destaca a importancia de uma polícial atuar juntos nas operações e abordagens (Foto: Matias Moura)

Matias Moura
[email protected]

Serasa disponibiliza 0800 emergencial para brasileiros quitarem dívidas com bancos e financeiras

• Mutirão nacional que reúne 40 maiores bancos e financeiras do país oferece telefone gratuito para facilitar negociações. • Descontos de até 97% beneficiam 35 milhões de pessoas que têm dívidas bancárias. • Alta adesão faz Serasa estender ação especial de negociação com bancos até dia 11 de julho. • No Rio Grande do Sul mais de 28 mil acordos

Nota oficial – Judicialização do IOF

  A decisão da Advocacia-Geral da União (AGU) de acionar o Supremo Tribunal Federal (STF) contra a deliberação soberana da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, que sustou o aumento do IOF, é uma afronta inaceitável ao Poder Legislativo e um grave atentado à democracia. Trata-se de mais uma tentativa autoritária do governo Lula de judicializar um tema eminentemente