Direção abre as portas da Instituição e mostra as mudanças no Hospital
Neste fim de semana, a nova administração da Santa Casa de Misericórdia de Sant’Ana do Livramento completa 90 dias de gestão. Após esses três meses de trabalho algumas mudanças aconteceram na única instituição que presta o serviço através do Sistema Único de Saúde (Sus) no Município: carga horária dos funcionários, corpo técnico, administração e localização de setores.
Na sexta-feira (23), o diretor administrativo da Santa Casa, Leonardo Cuña, abriu as portas de vários espaços do hospital para apresentar as mudanças internas realizadas pelo instituto Salva Saúde. Um dos primeiros passos realizados pelos profissionais à frente da instituição foi a mudança física dos setores. Segundo eles, havia irregularidades na localização de alguns setores como, por exemplo, o setor administrativo, que estava na mesma ala de internações.
“Nós realizamos mudanças nas escalas dos funcionários. Hoje, os plantões são de 12 horas por 36 de descanso. Antes, havia três mudanças de plantão, hoje apenas uma”, destacou a Diretora Assistencial, enfermeira Larissa Kelbouscas. “Nós conseguimos também um ambulatório de cirurgias vascular e geral. Conseguimos ultrapassar as metas de cirurgias gerais, chegando, às vezes, a 45 por mês. Antes realizávamos de três a dez, não chegava a mais que isso. A enfermagem não tomava muita conta disso”, complementou.
Novos leitos
Outras mudanças apresentadas pela nova administração da Santa Casa de Misericórdia estão no número de leitos. “Quando nós entramos na Santa Casa tinham 80 leitos operativos, hoje nós temos 132. Era uma situação caótica e desalentadora o panorama que se apresentava”, enfatizou o diretor administrativo.
Os 25 dos 132 leitos que foram revitalizados devem ser inaugurados na próxima semana. Um dos quartos recebeu doação da Liga Feminina de Combate ao Câncer e será destinado para pacientes em tratamento oncológico. As obras estão sendo finalizadas, os quartos receberão pisos novos.
Houve a mudança, também, no quadro de pessoal. Com a demissão de alguns profissionais que, há décadas, faziam parte do corpo clínico do hospital, as substituições foram “necessárias”, de acordo com a administração. “Com isso, nós contratamos profissionais uruguaios e isso nos ajudou a ofertar mais serviços como, por exemplo, de urologia, que vamos contratar em alguns dias”, explicou a enfermeira.
O diretor-presidente do Instituto Salva Saúde, o médico Jan Christopher Lima da Silva, responsável pela gestão da Santa Casa não estava na cidade, durante a produção dessa reportagem, por isso, não pode falar sobre os prazos financeiros apresentados pelo instituto quando foi firmado o contrato final, em maio desse ano. Entre as metas está em aberta a do pagamento do Fundos de Garantia (FGTS) dos funcionários.
Segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores, ainda não foi feito o depósito do Fundo. “Até agora não foi depositado, mas o Jan me disse que até a metade do mês de setembro eles farão o pagamento, pois houve um atraso na negociação do contrato de serviço com a Secretaria de Saúde”, afirmou Silvio Madruga.
Por telefone, Jan Lima da Silva afirmou que houve algumas alterações na previsão, já que houve um processo judicial entre o Instituto e a Prefeitura. “A gente não tem o conhecimento agora do que é devido de fundo, têm algumas coisas cobradas em duplicidade. Nós entramos em uma parte que é de contabilidade. Temos a obrigação de fazer isso até o final desse contrato e é o que a gente está procurando fazer, dependemos muito de outros órgãos”, explicou.
