Professoras da Escola Municipal Pedro Alencastre são as idealizadoras do projeto que tem como objetivo passar uma mensagem positiva aos estudantes sobre a cultura santanense
Buscando amenizar conflitos no ambiente escolar, as professoras da Escola Municipal Pedro Alencastre tiveram uma brilhante ideia. Trabalhar música e poesia dentro de sala de aula. E nada como buscar como referência cantores e compositores locais que buscam, por meio de suas composições repassarem diversas mensagens. Entre estes artistas está o cantor e compositor nativista Adair Rubim de Freitas que possui mais de 40 anos de carreira e autor de verdadeiros clássicos do cancioneiro gaúcho.
Pois, foi justamente a composição Cantiga da Esperança, de sua autoria, que foi escolhida para ser trabalhada na sala de aula como explica a coordenadora do projeto, a professora do 5º ano, Cinara Oliveira Barrios, que conta com o apoio da professora do 4º ano, Daiane Melo Peres: “Nós escolhemos essa música pela letra maravilhosa que ela traz com uma profunda reflexão sobre a nossa vida. Aqui na escola nós estávamos tendo muitos problemas entre alguns alunos, então pensamos em trabalhar essa questão em sala de aula, porque a música aborda isso. Eles adoraram”, disse Cinara.
O Jornal A Plateia foi até a escola conhecer mais sobre o projeto que tem como foco a leitura, cultura da paz e bem viver. Na oportunidade, acompanhamos a visita do cantor Adair de Freitas que foi recepcionado com muita música e alegria pelos alunos que prepararam, inclusive, uma surpresa ao artista. Quando o músico entrou na sala de aula, as crianças começaram a cantar a música Cantiga da Esperança e foi um momento de grande emoção. “Para mim é uma grande honra poder participar desse projeto com a nossa música. Onde as crianças tem a possibilidade de conhecer mais sobre a sua cultura local e essência de vida que é a forma mais suave que a gente tem para chegar ao coração das pessoas”, disse o músico.
Durante quase uma hora, o cantor Adair de Freitas esteve conversando com os alunos sobre a sua história, falando sobre sua carreira musical que iniciou de forma autodidata aos 8 anos de idade quando aprendeu a tocar gaita e já animava festas e reuniões familiares nos dias de carreiras. “Comecei a tocar desde essa época e nunca mais parei. Hoje, vivo profissionalmente da música, creio que ela me escolheu. Porque ser músico é um dom. E espero que aqui no meio dessa gurizada venham surgir muitos músicos, poetas, letristas. Artistas na sua essência, pois dentre todas as profissões, o músico é escolhido para trazer alegria para as pessoas. Por isso agradeço a todos os alunos e aas professores por essa linda homenagem” disse.