qui, 16 de janeiro de 2025

Variedades Digital | 11 e 12.01.25

Centro Estadual de Vigilância em saúde realiza curso de capacitação para agentes santanenses

Curso aconteceu no salão nobre da sede da OAB em Livramento

Na última quarta-feira (3), os agentes da vigilância em saúde realizaram um curso de capacitação. O curso foi ministrado pelo Centro Estadual de Vigilância em Saúde (CEVS/RS). Neste curso foram apresentados dados importantes e, também, foi reiterada a luta contra o mosquito da dengue que deve ser realizada mesmo durante o inverno.
Os dados apresentados durante o curso foram em nível estadual, dados estes preocupantes. Ao todo, mais de 5 mil casos estão sob observação do Centro Estadual, dos 5.099 casos, 3.160 são casos suspeitos, 1.018 são casos confirmados e 921 são casos autóctones, ou seja, casos confirmados que foram contraídos dentro do estado. O mais preocupante é que pode ter uma nuvem de mosquitos e nenhum estar contaminado, mas, basta apenas um mosquito contaminado para disseminar a doença. Pois, ele sendo o portador do vírus irá picar um humano, que contrairá a doença e aquele mosquito possuidor do vírus irá transmitir o vírus para a sua prole, e assim por diante. Então, em termos de números, o contágio é exponencial. Um mosquito não possuidor do vírus que picar
Carmem Motta, Coordenadora Municipal da Vigilância em Saúde, afirma que a população deve manter-se atenta até mesmo no inverno: “Em Livramento não temos casos até o momento, só suspeitos, que ainda não foram confirmados. Precisamos reativar o Comitê Municipal para o enfrentamento ao Aedes, com participação de várias secretarias e instituições, temos que atualizar nosso Plano de Contingência, que será colocado em prática caso seja necessário. Lançar mão da Legislação Estadual, se não houver municipal, para começar a multar, entre outras ações, responsabilizar prédios públicos para que tenham suas ações para evitar criadouros. A verdade é que as previsões não são nada boas para nós. Aqui, na cidade, há 943 focos e estamos no meio do ano e, mesmo com o frio, não para de crescer em toda a cidade! Precisamos eliminar criadouros, virar, descartar, escovar e tampar. Um mosquito infectado, após
picar, demora entre 8 a 12 dias para que começar a infectar outras pessoas ao se alimentar. Os criadouros são todos os locais que possuem água parada, sem muita matéria orgânica, de preferência em local sombreado. Quantas pessoas terão que morrer para que você limpe seu quintal?”, finaliza Carmem com este questionamento.
Além deste tema, o curso também debateu outros pontos como a Febre Amarela. O técnico do Ministério da Saúde, um dos oradores do curso, comentou que também está prevista, a partir de setembro, uma grande disseminação da febre amarela em todo o Brasil, que poderá chegar com força ao estado.